POLÍCIA
Caso Marielle: ex-bombeiro já foi preso com delegada flagrada com R$ 1,8 mi
O ex-bombeiro Maxwell Simões, detido na segunda-feira (24/7) pela PF na investigação do caso Marielle, foi preso no ano passado na mesma operação que mirou a delegada Adriana Belém, flagrada com R$ 1,8 milhão em espécie dentro de casa. Simões e Belém fizeram parte da mesma denúncia apresentada pelo Ministério Público fluminense sobre a atuação da milícia e de contraventores no estado.
A dupla foi presa no âmbito da Operação Calígula, em maio de 2022, que apurou uma rede de jogos de azar no Rio de Janeiro e apontou que policiais acobertavam os crimes desse grupo. Entre os exploradores da rede estava Ronnie Lessa, acusado em delação premiada do comparsa Élcio Queiroz de metralhar o carro de Marielle Franco. Lessa também foi denunciado na operação que mirou Belém e Simões, mas não foi preso porque já estava detido, com base no processo que investiga a morte da vereadora.
Maxwell Simões foi denunciado, em maio de 2022, pelos crimes de corrupção ativa e organização criminosa. O ex-bombeiro foi descrito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como “pessoa de grande relevância no contexto da organização criminosa” e com “elos antigos” com Ronnie Lessa. Essa organização manteve “sob seu comando diversos policiais corrompidos”, segundo a investigação.
Já a delegada Adriana Belém foi denunciada por corrupção passiva. Ela foi flagrada em casa com R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo. Na ocasião, o filho de Belém tentou, em vão, esconder o dinheiro. A delegada foi solta em outubro de 2022 e afirma até hoje ser inocente.
Agora, Maxwell Simões está preso por sua participação na morte de Marielle Franco. De acordo com as investigações, o ex-bombeiro monitorou os passos da parlamentar antes e depois do atentado. Também recebeu o carro usado no assassinato e ajudou a esconder as armas do crime. Nesta terça-feira (25/7), Simões foi transferido do Rio de Janeiro para um presídio de segurança máxima em Brasília.