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MUNDO

Fed aumenta juros dos EUA em 0,25 p.p. e taxa é a maior em 22 anos

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O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), voltou a aumentar a taxa básica de juros da economia americana em 0,25 ponto percentual (p.p.). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (26/7).

Com a mudança, os juros básicos subiram para um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano, a maior taxa em 22 anos.

O aumento era esperado pelos mercados. Na reunião anterior, em junho, o comitê havia feito uma pausa no aperto monetário, mas indicado que novas altas poderiam vir na sequência.

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Antes de interromper brevemente o ciclo, o comitê de política monetária, o Fomc, havia aumentado a taxa por dez reuniões seguidas, em movimento iniciado a partir de março de 2022.

Após a alta nesta quarta-feira, a dúvida que paira nos mercados é se o Fed promoverá mais aumentos até o fim do ano ou se o ciclo de aperto monetário será de vez interrompido.

Em comunicado após a decisão, o comitê afirmou que seguirá observando os indicadores da economia até a próxima reunião. O Fomc pontuou, na nota, que a taxa de desemprego nos EUA segue baixa e com atividade econômica crescendo, o que pode ser um risco para a volta da inflação à meta de 2%.

“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica vem crescendo em ritmo moderado. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada”, disseram os membros no comunicado desta quinta-feira.

“O comitê está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo”, diz o texto.

Inflação nos EUA

A inflação americana vem desacelerando nos últimos meses, o que indica que o Fed poderá encontrar espaço para encerrar em breve o ciclo de altas.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA fechou junho em 3% no acumulado de 12 meses, a menor inflação desde março de 2021. A meta americana é de inflação em 2%.

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“Na descrição da conjuntura econômica, os membros do Fomc afirmaram que a economia está se expandindo a um ritmo moderado e seguiram descrevendo a inflação como elevada”, escreveu, em nota, Sávio Barbosa, economista-chefe da Kínitro Capital.

Apesar disso, a casa trabalha com cenário de que a alta desta reunião foi a última, devido à trajetória mais benigna da inflação.

O resultado da inflação de junho já havia alimentado as expectativas de fim das altas, afirmou em nota Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, mas muitos analistas ainda apostam em novos aumentos, pelo fato de o núcleo de inflação ser resistente e o mercado de trabalho continuar forte.

Para o economista, o comunicado “reforçou essa perspectiva ao não sinalizar de forma explícita” que o ciclo de altas acabou.

“O comunicado do Fomc revela que os diretores se alinham com a postura de que é muito cedo para celebrar o controle do forte e disseminado processo inflacionário que assolou grande parte das principais economias após a pandemia”, disse ainda Igliori.

A alta de juros é instrumento de política monetária dos bancos centrais para conter a inflação. Nos EUA, o Fed começou a subir os juros após a inflação atingir seu maior patamar em 40 anos, no começo de 2022, diante do aumento dos preços de energia causado pela guerra na Ucrânia.

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