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POLÍCIA

Operação Escudo: sobe para 13 o número de mortes em ação policial em Guarujá

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Soldado Patrick Bastos Reis, que pertencia ao 1º Batalhão de Polícia de Choque, não resistiu e morreu Foto: Divulgação/Polícia Militar

Subiu para 13 o número de mortos durante a Operação Escudo, realizada em Guarujá, no litoral de São Paulo, desde a última sexta-feira, 28. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, nesta terça, 1º. A operação começou após a morte do policial militar da equipe Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). A ouvidoria da PM apura possíveis excessos por parte da polícia durante os confrontos.

O número de mortos foi atualizado após dois óbitos serem confirmados na noite de segunda-feira, 31. A Operação Escudo acontece para reprimir o tráfico de drogas e o crime organizado na Baixada Santista, e deve continuar por 30 dias.

Foram presos 32 suspeitos e apreendidos 20,3 kg de drogas e 11 armas. Os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).

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Ainda de acordo com a SSP, as imagens das câmeras corporais dos policiais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM.

Suspeito de matar policial foi preso

O suspeito de atirar e matar o policial da Rota Patrick Bastos Reis foi preso no domingo, 30, e passou por audiência de custódia nesta segunda-feira, 31, no Fórum de Santos. Erickson David da Silva, de 28 anos, também conhecido como Deivinho, teve a prisão temporária mantida por 30 dias.

Nas redes sociais, ele publicou um vídeo antes de ser preso pedindo ao governador Tarcísio de Freitas, e ao Secretário Estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que parassem com a operação. Ele também disse que sua família estava sendo ameaçada, e que iria se entregar para a polícia. Ele foi preso em São Paulo, capital.

Entenda o caso

Erickson David da Silva, de 28 anos, também conhecido como Deivinho, foi identificado pelas autoridades como o autor do tiro
Erickson David da Silva, de 28 anos, também conhecido como Deivinho, foi identificado pelas autoridades como o autor do tiro

Foto: Reprodução

O policial militar Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, em Guarujá, na quinta-feira, 27. Além dele, outro policial foi baleado na mão esquerda, e foi hospitalizado, sendo liberado em seguida.

Após a morte de Patrick, a PM iniciou a Operação Escudo, com o objetivo de capturar os responsáveis pelo crime.

Erickson David, o ‘Deivinho’, foi capturado na Zona Sul de São Paulo. Ele era o ‘sniper’ utilizado pelos traficantes, segundo informações da polícia, e teria atirado em direção ao soldado da Rota de uma distância de mais de 50 metros.

O que diz o governador

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 31, o governador de São Paulo disse que o vídeo foi “uma estratégia do crime organizado”.

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Em coletiva de imprensa na segunda-feira, 31, Tarcísio (Republicanos) disse que irá aumentar efetivo na Baixada Santista
Em coletiva de imprensa na segunda-feira, 31, Tarcísio (Republicanos) disse que irá aumentar efetivo na Baixada Santista

Foto: Divulgação/SSP

“A verdade é que esse vídeo que ele fez, orientado pelos seus defensores, inclusive tem áudio do advogado o orientando a fazer esse vídeo, se os senhores ainda não possuem, ao longo das investigações vão tomar conhecimento disso, é uma estratégia do crime organizado, inclusive de cooptar moradores, de cooptar pessoas das comunidades que também são vítimas do tráfico organizado apresentando versões”, afirmou.

A Ouvidoria das Polícias informou que foram identificados 10 mortos durante a Operação Escudo durante o fim de semana. Outras denúncias de tortura e ameaças de morte relatadas por moradores são investigadas. O governador disse que outros três envolvidos já estão presos.

Tarcísio de Freitas e Derrite anunciaram o aumento do efetivo policial e uma nova unidade policial em Guarujá, após a morte de Patrick. Segundo o governador, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.

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