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Abel elogia Palmeiras e explica preferência por elenco curto
O Palmeiras venceu o Atlético-MG por 1 a 0, nesta quarta-feira (2), no Mineirão e deu um passo importante para conquistar a vaga nas quartas de final da Libertadores. A atuação do time rendeu elogios de Abel Ferreira, que comentou a retomada da boa fase, justificou o momento de oscilação e ainda explicou o porquê de preferir trabalhar com um elenco curto.
Em entrevista coletiva após o jogo em Belo Horizonte, o técnico do Verdão fez três elogios em sua primeira resposta ao jornalistas: uma ao ambiente da partida, outra ao gramado do estádio e, por fim, aos seus jogadores pela apresentação desta noite.
– Em primeiro lugar, falar do ambiente espetacular, eu gosto de jogar com estádios cheios. Em segundo lugar falar do esforço que fizeram, foi a primeira vez desde que cheguei no Brasil que esse gramado estava mais ou menos, que é uma coisa que dão pouca importância, mas faz toda a diferença para que o espetáculo possa ser melhor – disse o português antes de completar:
– Em terceiro lugar meus jogadores, pois tivemos calma, tranquilidade, fomos competitivos, primeiro tempo muito bem jogado, com as dinâmicas bem feitas, na casa de um adversário super poderoso. No segundo tempo nosso adversário nos empurrou um pouquinho mais para trás, é normal, tinha que reagir, tinha que ir atrás do resultado. Acho que nesta primeira partida, o resultado acaba por ser justo, como eu te disse estamos no meio e agora vamos discutir o jogo na segunda partida.
Abel Ferreira também foi perguntado sobre a retomada da boa fase do Palmeiras com essas três vitórias consecutivas. O técnico palmeirense voltou a falar que nenhum time vence todas as partidas. Além disso, ele justificou a sua preferência por usar menos jogadores, um elenco enxuto, o que acabou levando seus atletas ao limite físico.
– Eu não conheço uma equipe que só ganhe, vejam o Liverpool, como estou sempre a falar, mas vocês acham que tem que ganhar sempre. Eu fico muito triste, ontem estava vendo um jogo e no lugar de realçar o valor dos adversários que se organizam, que investem, que estão cada vez melhores, optamos por xingar as pessoas que nós gostamos. Eu não consigo entender essa cultura, temos que olhar primeiro para dentro, entender, organizar, sermos melhores profissionais, sermos mais competentes, e é isso que nós fazemos aqui, já disse várias vezes e vou repetir, não vamos ganhar sempre, mas vamos jogar sempre para ganhar.
– Sobre a má fase, eu expliquei muito bem, eu disse que infelizmente, em função da loucura que é a intensidade dos jogos no Brasil, nós tivemos vários jogadores, que vocês não souberam, abaixo de sua forma, e mais do que isso, lesionados, desde o nosso goleiro ao nosso centroavante. Isso sim foi a grande influência do nosso baixo rendimento. Mas eu prefiro ter um elenco curto, enxuto e arriscar, do que ter 30 jogadores como quando eu cheguei e ter metade dos jogadores fora chateados porque não jogam. Portanto, nós não mudamos nada, nossa forma de trabalhar é a mesma, vamos ganhar e vamos perder, é assim que funciona no futebol – concluiu o treinador alviverde.
Com o resultado, o Palmeiras pode até empatar no Allianz Parque, na quarta-feira (9), pela partida de volta das oitavas de final, que estará classificado para a fase de quartas de final. Já o Atlético-MG precisa vencer por um gol de diferença para levar a decisão para os pênaltis, ou por dois gols ou mais para garantir a vaga no tempo normal. Antes disso, pelo Brasileirão, o Verdão visita o Fluminense, no Maracanã, neste sábado (5).