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MUNDO

Nasa volta a fazer contato com a Voyager 2 após ‘grito interestelar’

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Nasa conseguiu restabelecer contato total com a distante sonda espacial Voyager 2 graças a um “grito interestelar” que endireitou a orientação de sua antena, informou a agência espacial dos Estados Unidos nesta sexta-feira (4).

Lançada em 1977 para explorar os planetas externos e servir como farol da humanidade para o universo, a nave se encontra atualmente a mais de 19,9 bilhões de quilômetros da Terra, muito além do Sistema Solar.

Uma série de comandos enviados à sonda no último dia 21 de julho fez com que a antena efetuasse, por engano, um desvio de 2 graus, comprometendo sua capacidade de enviar e receber sinais da Terra e pondo em perigo sua missão.

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Não se esperava que a situação fosse resolvida até pelo menos 15 de outubro, quando estava previsto que a Voyager 2 realizaria uma manobra automatizada de realinhamento.

Mas, na terça-feira (1º), os engenheiros conseguiram a ajuda de diversos observatórios terrestres que formam a Rede de Espaço Profundo (DSN, na sigla em inglês) para detectar uma onda portadora, ou um “batimento cardíaco”, da Voyager 2, embora o sinal ainda fosse muito fraco para ser possível ler os dados que transportava.

Em uma nova atualização nesta sexta-feira (4), o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês), que construiu e opera a sonda, disse que teve êxito em um esforço de longo alcance para enviar instruções que endireitaram a nave.

“As instalações da Rede de Espaço Profundo da agência de Camberra”, na Austrália, enviaram o equivalente a um “grito interestelar”, informou o JPL.

“Com um tempo de luz unidirecional de 18,5 horas para que as instruções chegassem à Voyager, os controladores da missão demoraram 37 horas para saber se a ordem havia funcionado”, acrescentou o laboratório.

“A Rede de Espaço Profundo utilizou o transmissor de maior potência para mandar a ordem e programou seu envio durante as melhores condições da passagem de rastreamento da antena, a fim de maximizar a possível recepção da ordem pela nave espacial”, declarou à AFP Suzanne Dodd, diretora do projeto Voyager.

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A sonda começou a devolver os dados científicos e de telemetria às 12h29, no horário do leste dos Estados Unidos, de 4 de agosto (11h29, no horário de Brasília), “mostrando que está operando normalmente e que permanece em sua trajetória esperada”, disse o JPL.

As primeiras imagens feitas pelo James Webb, supertelescópio da Nasa em parceria com a Agência Espacial Europeia, foram divulgadas no dia 12 de julho. Nesta imagem, é mostrada uma formação de estrelas, chamada de NGC 3324, na Nebulosa Carina. A captura foi feita a partir de luz infravermelha*Estagiário do R7, sob supervisão de Pablo Marques

Captura da nebulosa com a tecnologia infravermelha do telescópio, a Nircam. Pela primeira vez, a Nasa conseguiu mostrar que a estrela vermelha, classificada como anã branca, quente e densa (no centro da imagem), está coberta de poeira. Já a estrela ao lado, mais brilhante, está em estágio inicial de sua evolução estelar e provavelmente ejetará uma própria nebulosa no futuro
No detalhe está o Quinteto de Stephan, um agrupamento de cinco galáxias. A imagem divulgada pelo James Webb é a maior já divulgada pelo telescópio. Para se ter uma ideia, este mosaico, no tamanho original, cobre cerca de um quinto do diâmetro da Lua e foi construído a partir de quase mil arquivos de imagens, separados e posteriormente juntados
Com a tecnologia infravermelha do telescópio James Webb, a galáxia Cartwheel também foi examinada. Ao lado da grande galáxia rosa, duas galáxias espirais menores aparecem à esquerda. O registro em questão mostra a Cartwheel em estágio transitório; segundo a Nasa, ela ganhou esse formato depois que duas galáxias menores colidiram, transformando-se em uma única
A galáxia Cartwheel recebeu esse nome por causa do formato, que lembra uma roda de carro. Ao redor dela, há esse anel azul, composto de estrelas jovens e muito brilhantes
A Nasa divulgou também imagens inéditas de Júpiter, que vão ajudar cientistas a estudar o planeta. “Nós não esperávamos que ficassem tão boas, para ser honesto”, afirma Imke de Pater, astrônomo que liderou os estudos de observação do planeta
As imagens foram coloridas artificialmente, para que, dessa forma, as auroras nos polos de Júpiter, os anéis e as luas do planeta possam ser vistos com mais clareza

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