POLÍCIA
Justiça do Acre proíbe policial penal de portar armas e andar em lugares com bebidas alcoólicas
O Policial Penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, de 38 anos, foi posto em liberdade em uma decisão da justiça após passar por uma audiência de custódia na terça-feira (8). O servidor público é acusado de matar Wesley Santos da Silva, de 20 anos, com dois tiros no tórax, e ainda ter atirado na namorada do jovem Rita de Cássia da Silva Lopes, de 18 anos, o casal estava saindo de um bar nas dependências do Parque de Exposições Wildy Viana (Expoacre).
A soltura do policial penal causou muita polêmica nas redes sociais, onde a população não aceita a liberdade imposta ao suposto autor de duas tentativas de homicídio, uma consumada e outra tentada, onde o mesmo se aproveitou da posição de agente público e usou sua arma para tentar contra a vida de pessoas em lugar público, onde também fez o uso de bebidas álcoolicas. O Ministério Público Estadual do Acre (MPAC), inclusive, já se manifestou e afirmou que vai recorrer da decisão.
Mesmo sendo solto pela justiça acreana, Raimundo Nonato precisa cumprir algumas medidas cautelares decididas pelo juiz Hugo Torquato, da Vara de Plantão da Comarca de Rio Branco, como a proibição de frequentar lugares onde haja venda de bebida alcoólica, proibição de contato com a vítima, Rita de Cassia da Silva Lopes, e a suspensão da autorização para o porte de arma.
No despacho que liberou o policial penal, a decisão do juiz plantonista foi baseada nas declarações de uma das vítimas e nos depoimentos colhidos em delegacia de polícia, que indicaram que, após o policial penal e seu irmão terem sido retirados do local do desentendimento inicial, eles teriam sido seguidos e cercados pelas vítimas e outras quatro pessoas, que passaram a agredi-los. A proporcionalidade da resposta às agressões, no entendimento do juiz plantonista, será melhor analisada no decorrer da investigação policial, não se mostrando razoável a decretação da prisão preventiva do policial antes da elucidação adequada dos fatos ocorridos no fatídico dia dos crimes.