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POLÍTICA

Facção diz que matou Fernando Villavicencio porque ele ‘não cumpriu promessas

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A facção criminosa ‘Los Lobos’, considerada a segunda maior do Equador, assumiu a autoria do assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do país morto a tiros quando deixava um evento em Quito, na quarta-feira, 9.

Em um vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, nesta quinta-feira, 10, homens encapuzados que dizem pertencer ao grupo acusaram Villavicencio de não cumprir suas promessas.

“Queremos deixar claro para toda nação equatoriana que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro – que são milhões de dólares –, para financiar suas campanhas, serão executados”, diz um dos homens.

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No mesmo vídeo, eles também ameaçam outro candidato à presidência, o Jan Topic. As autoridades ainda não se pronunciaram sobre as imagens.

Conforme a BBC, cerca de 8 mil pessoas fazem parte da facção ‘Los Lobos’. O grupo atua no tráfico internacional de cocaína.

A morte de Fernando Villavicencio

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que Fernando Villavicencio sofre o atentado a tiros. Nas imagens, é possível ver o presidenciável entrando em um carro ao deixar um evento em Quito e, em seguida, o tiroteio começa. Pessoas ao redor se agacham para se proteger.

O candidato, que ocupava o quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto, foi assassinado a 11 dias das eleições no país, que serão realizadas em 20 de agosto.

A informação da morte foi confirmada pelo atual presidente do Equador, Guillermo Lasso. Em seu perfil em uma rede social, ele disse estar “indignado e chocado”. Ele culpou o “crime organizado” pelo atentado que vitimou Villavicencio.

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Segundo as autoridades, nove pessoas ficaram feridas no atentado. Um suspeito da morte do candidato morreu devido a ferimentos sofridos durante o tiroteio que levou à sua captura. Seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso.

Equador declara estado de exceção e mantém eleição

Em pronunciamento na madrugada desta quinta-feira, 10, o presidente equatoriano decretou estado de exceção no país, bem como luto de 3 dias para ‘honrar um patriota’. Lasso classificou o atentado como “um crime político” e uma tentativa de “sabotar o processo eleitoral”, mas garantiu que as eleições, marcadas para o dia 20 de agosto, estão mantidas.

“Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse Lasso.

Com o estado de exceção, as Forças Armadas do país ficarão nas ruas em todo o território nacional por 60 dias para a “segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e das eleições livres e democráticas de 20 de agosto”, pontuou o presidente.  *Com Reuters

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