POLÍTICA
Antônia Sales cobra ações do estado após ‘fim de semana de terror’ no Acre
Na sessão ordinária desta terça-feira, 15, na Assembleia Legislativa, a deputada emedebista Antônia Sales falou sobre o que ela chamou de “filme de terror”: a guerra entre as facções criminosas.
Antônia enfatizou que, desde a rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, a cidade e o estado estão vivendo um filme de terror, e as pessoas não têm mais segurança para ir a lugar algum sem pensar que podem ser atingidas por uma bala perdida.
“Na semana passada, a rebelião no presídio foi um verdadeiro filme de terror, com um terror que tomou conta de nossa capital. O resultado? Cinco mortes, das quais três foram decapitações. Isso é algo que só poderíamos imaginar em um filme de terror. Infelizmente, é um filme de terror que estamos vivendo nos dias atuais. A violência tomou conta das ruas. Não sei se ocorre a mando de alguém ou entre gangues que disputam o poder nos bairros. Isso precisa ser investigado a fundo, pois a população não pode ficar refém dessas brigas. Não podemos perder nossa liberdade devido aos interesses desses grupos, que querem controlar bairros e impor seu poder. E quem sofre com o confronto é a população”, disse a deputada.
Ela também destacou a onda de violência no último final de semana, com várias mortes e feridos, e cobrou ação do Estado diante da situação.
“Como representantes da população, temos a responsabilidade de cobrar das autoridades projetos para enfrentar a violência, especialmente do nosso Secretário de Segurança. Precisamos que ele nos apresente o planejamento para que possamos avaliar sua eficácia.”
Antônia Sales, que reside no Juruá, ressaltou que a violência não está restrita à capital, mas também está presente em Cruzeiro do Sul e em todos os outros municípios.
A deputada destacou ainda que prender as pessoas não é suficiente, e que é necessário oferecer oportunidades de emprego aos jovens e realizar trabalhos de ressocialização dentro dos presídios, preparando verdadeiramente os detentos para uma nova vida após o cumprimento de suas penas.
“Por cada jovem que é encarcerado, outros dez entram em seu lugar”, disse Antônia Sales, antes de questionar: “Então, onde está o problema?” Ela mesma respondeu: “O problema reside na falta de emprego, de oportunidades e também na ressocialização. Não é aceitável apenas trancá-los e fornecer comida, como se fossem animais em um cocho.”
Finalizando, a deputada trouxe à tona a questão do que os presos fazem dentro dos presídios e usou um ditado popular para descrever a população carcerária do Acre: “A primeira medida é avaliar o que esses presos estão fazendo dentro das prisões, pois ‘mente ociosa é oficina do diabo’. Isso é a realidade e uma grande verdade.”