ESPORTES
Em apresentação de gala, Payet avisa: ‘Darei tudo de mim para honrar a camisa’
O dia 18 de agosto de 2023 está marcado na história do Vasco e de Dimitri Payet. Afinal, o astro francês foi apresentado oficialmente como jogador do clube, em São Januário, com contrato até julho de 2025. Em suas primeiras palavras, após o discurso de abertura do diretor Paulo Bracks e do CEO da SAF, Lúcio Barbosa, o novo camisa 10 agradeceu a recepção da torcida, fez questão de enaltecer a história de Roberto Dinamite e prometeu muito empenho para honrar a confiança que recebeu.
“Gostaria de agradecer muito aos dirigentes e torcedores desse clube histórico do Brasil que é o Vasco. Na chegada, senti muito amor e confiança depositada em mim. Ontem pude saber um pouco sobre a história de Roberto Dinamite e vi o quanto é mítica essa camisa 10. Podem ter certeza de que darei tudo de mim com muita garra e força para honrar essa camisa”, disse Payet, que tirou fotos, na quinta-feira, com a estátua do ídolo cruzmaltino, falecido em 8 de janeiro deste ano aos 68 anos.
Em seguida, o meia disse que está ciente dos resultados ruins do Vasco no Brasileirão e comparou a recuperação e o time com momentos recentes do Olympique de Marselha, do qual é ídolo e foi capitão por oito temporadas de gols e sucesso.
“Vai ser um grande desafio, sei da situação que o Vasco enfrenta, existe a pressão, mas a equipe lembra um pouco o Olympique de Marselha, com elenco guerreiro, de muita força e que não está no lugar certo. É preciso colocar o clube onde merece, é um time inteiro que está sendo contratado para a renovação da força do Vasco”, acrescentou.
PAYET CITA LUTA CONTRA O RACISMO
Payet citou a grandeza do clube em diversos momentos, chamando o “lendário” e “gigante”. Além disso, mostrou que conhece muitos grandes jogadores que já vestiram a camisa cruz-maltina. Por isso e também por outro motivo relevante, aceitou a proposta do Vasco.
“Por que escolhi o Vasco da Gama? É um Gigante, é histórico. É muito conhecido na França. Teve jogadores como Romário, Edmundo, Juninho, Roberto Dinamite… porém, existe mais uma razão: a luta contra o racismo. É uma escolha nesse sentido”, ressaltou.
Em Marselha, o francês foi companheiro e ajudou na adaptação de dois brasileiros recentemente. Ele confirmou que falou com Gerson, do Flamengo, e com o Luis Henrique, do Botafogo, para saber mais do Rio de Janeiro e do Brasileirão. Dessa forma, espera que, apesar da rivalidade, ambos o ajudem por aqui. Ainda sobre o tema, garantiu que vai aprender a falar português o quanto antes.
No fim da coletiva, funcionários e jornalistas vascaínos puxaram o tradicional grito de “Casaca!” e tiraram mais alguns sorridos de Payet, que ainda tenta aprender as principais frases e também as músicas vascaínas que surgem com seu nome.
FRANCÊS NÃO ABRE MÃO DO TREINO
A apresentação, aliás, atrasou em quase um hora a pedido do próprio Payet. Isso porque, o jogador seria liberado do treino da manhã desta sexta, mas fez questão de cumprir a atividade até o final, no CT Moacyr Barbosa, mostrando que o foco está em recuperar o quanto antes sua melhor forma física. O trajeto entre o CT e o estádio é de aproximadamente 30 minutos.
Payet ainda espera a regularização, após dar entrada no visto de trabalho. A expectativa é que isso ocorra durante a semana que vem para que o meia possa estar à disposição da comissão técnica para o jogo contra o Palmeiras, no Allianz Parque, no dia 27.
“Não estava em nnehum clube, então a parte física precisará ser melhorada. Não sei se estou pronto para o jogo de domingo (contra o Atlético), mas assim que possível minha vontade é entrar logo em campo”, avisou.
GASTRONOMIA FRANCESA NO EVENTO
O evento ocorreu no salão de Beneméritos de São Januário e teve pompas que nenhum reforço recebeu nos últimos tempos. Aliás, o Vasco mostrou que investiu, ao produzir um material impresso especial, alugar totens e pôsters com o rosto do jogador, decorar com as cores francesas e oferecer quitutes da gastronomia local. O espaço maior era essencial, afinal, a imprensa estrangeira também esteve presente.
Dimitri Payet, por sinal, foi titular da seleção da França na Eurocopa de 2016 e brilhou com as camisas de Olympique de Marselha, do qual é idolo, e West Ham-ING. Aos 36 anos, caiu de rendimento nos últimos meses, não renovou seu vínculo e recusou propostas multimilionárias de clubes árabes. Porém, preferiu optar pela paixão de uma torcida como a do Vasco e pela competitividade do futebol brasileiro.