Coluna da Angélica no NHN- Entre prêmios e homenagens, segue Gladson

1-Non intellego

O governo do Acre afirma que  conquistou o primeiro lugar no Prêmio de Excelência em Competitividade 2023, na categoria Boas Práticas, no programa REM, fase II. O G1 diz que o Acre ficou em último lugar no ranking de competitividade dos estados. Me ajudem a entender, afinal o “prêmio” foi de último colocado? Pelo que entendi até agora, além de mascarar a pior colocação do ranking  o governo do Acre ainda omitiu que o estado caiu três pontos  desde a última avaliação. Segundo o sistema informal de notícias, o governador foi de jatinho e levou uma comitiva. Isto sim seria digno de manchete “governador viaja de jatinho com comitiva para receber troféu de último colocado”. Mas isso não é tudo. O Acre, segundo o G1 não é apenas o último do Brasil, mas também o último da Região Norte. O pior dentre os piores. Não é motivo de comemoração. A premiação é indicativo para investimentos.  Ninguém vai investir no último dos últimos. Parece que foi um Prêmio Lanterna.

2- Carona

Corretíssimos os deputados estaduais Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Eduardo Ribeiro (PSD) em tentarem acabar com a prática das “caronas” e substituí-las por licitações da qual as empresas locais possam participar. O setor de construção civil do estado vive reclamando para os deputados e homenageia o governador. Mas pelo que dizem servidores, não é só a Secretaria de Educação que adere as Atas de Preços, a popular carona. Informações que chegam do Iteracre, dão conta que as caronas no Instituto de Terras do Acre, vão do fornecimento de Coffee Break a frete de avião. De acordo com os funcionários a presidenta Gabriela Câmara, não é muito chegada a viagens por via terrestre. O Iteracre está fora da mira de investigação mas parece estar entre as prioridades do sogro, Manoel Moraes (PP), que nesta quarta-feira (23), fez a indicação de uma emenda para o Instituto de Terras. Sob a garantia do anonimato porque têm medo, os funcionários afirmam que o marido da presidenta determina a empresa a ser contratada no Iteracre e “os funcionários que corram pra arranjar uma carona”. Além de outras coisas impublicáveis…Vendo o peixe pelo preço que comprei.

3- Deu ruim

A insistência da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), em evitar a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas está lhe rendendo críticas de A a Z. Ela está sendo chamada de cavalo de troia dos países ricos para sabotar o desenvolvimento do Brasil. Lembram que anos atrás ela também tentou cancelar o pacto através do qual a Alemanha garantia a transferência de tecnologia nuclear para o Brasil gerar energia. Por conta disso o Brasil perdeu várias indústrias que foram se instalar na China. Destacam que ela também se posicionou contra as hidrelétricas no Brasil. De acordo com os críticos, tudo o que envolve a autonomia energética do Brasil, é contestado pela Ministra do Meio Ambiente. Agora, a Advocacia Geral da União concluiu que é possível o Ibama conceder licenciamento ambiental.  Mas Marina está irredutível e diz que não existe conciliação para questões técnicas. O presidente da Petrobras,  Jean Paul Prates, rebateu “licenciamento ambiental é sempre uma questão técnica.  Pode ser de técnica jurídica, legislativa, econômica, operacional ou ambiental. Portanto, o licenciamento é sempre técnico”.

4- Petróleo

A exploração de petróleo a 500 Km da foz do Rio Amazonas envolve reservas de 30 bilhões de barris.  Enquanto Brasil vive este impasse, Guiana e Suriname nadam de braçada sem nenhuma garantia que um desastre ambiental nos vizinhos não vá afetar o Brasil, uma vez que a área de drenagem do Rio Amazonas compreende estes dois países. Na Guiana a exploração de petróleo é liderada pela norte-americana Exxon e não é criticada por Marina Silva. Seu Ministério até onde se sabe não pediu garantias ambientais para a Amazônia brasileira. A Guiana era um dos países mais pobres da América do Sul. Começou a explorar petróleo em 2019.  Viu seu  Produto Interno Bruto (PIB) subir em 43,5%, já em 2020 .

5-Potência

A entrada de mais 5 países no BRICS (Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Irã), aumenta a potência do grupo. Vai controlar 37% do PIB mundial,  quase 50% da produção de petróleo no mundo, podendo chegar a 70% com novas adesões e 40% da produção de gás natural. Os críticos apontam o ingresso de ditaduras no grupo, mas é preciso levar em conta que o BRICS é um grupo para impulsionar a economia e não a política embora uma não se dissocie da outra. A soberania dos países será respeitada. Crítica pela crítica, os Estados Unidos fornece ajuda militar a 73% das ditaduras no mundo e o governo Bolsonaro (PL) manteve estreitas relações com a Arábia Saudita.

6- Inoerência

O Deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que é contra a descriminalização das drogas, ficou indignado com o Senado pela aprovação ao exame toxicológico para porte e posse de arma, mas apoiou o projeto de Marcos Pollon (PL), para obrigar professores das redes públicas municipais, estaduais e federal a se submeterem a exames toxicológicos para admissão e manutenção no cargo. Ou seja, usar droga armado, pode. Pollon que é fundador do Movimento Proarmas, apresentou o projeto um mês após o evento em defesa do povo se armar no qual Eduardo Bolsonaro disse que “professor doutrinador é pior que traficante”. Ou seja, são contra o uso de drogas, desde que a proibição não atinja os que andam armados. Olhos atentos, observai essa tchurma.