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POLÍTICA

Delação à PF: Cid é personagem de 4 investigações envolvendo Bolsonaro

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Em busca da delação premiada, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid é personagem de quatro investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mauro Cid é envolvido no caso da venda de joias, na fraude em cartões de vacinação e na suposta articulação para viabilizar um golpe de Estado. O tenente-coronel foi ouvido, ainda, no âmbito da investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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O interesse da Polícia Federal em selar o acordo de delação premiada é lastreado na expectativa de que o depoimento de Cid possa ser aproveitado judicialmente em diferentes investigações que envolveriam uma suposta organização criminosa chefiada por Bolsonaro.

Como informou a GloboNews, a PF aceitou a delação premiada de Cid. Entretanto, para que ela seja validada, é necessária a manifestação da Procuradoria-Geral da República sobre os termos do acordo e a homologação pelo Supremo Tribunal Federal.

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Ainda não se sabe o que Cid contou à PF na semana passada. Mas se sabe que ele falou. E não foi pouco. A oitiva do tenente-coronel, no dia 28, durou mais de 10 horas.

Foro privilegiado

Acuado, Jair Bolsonaro acredita que só conseguirá escapar da condenação criminal se o caso deixar o STF e migrar para a Justiça comum. A mudança permitiria, na visão do ex-presidente, fugir da “perseguição” que lhe seria imposta pelo ministro Alexandre de Moraes.

No campo jurídico, a medida conta com o apoio da Procuradoria-Geral da República. A alegação é que, ao deixar a Presidência, Bolsonaro perdeu a prerrogativa de foro e, portanto, deve ser julgado pela primeira instância. Foi com base na posição da PGR que ele e Michelle optaram pelo silêncio em depoimento à Polícia Federal.

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Ocorre que esse cenário perfeito para Bolsonaro, ao menos por ora, está bem mais para sonho do que para realidade. Moraes já definiu como reagirá quando o foro de competência for debatido pelos onze ministros da Corte. E é aí que reside uma péssima notícia para o ex-presidente.

Ao sustentar que Bolsonaro deve ser julgado pelo STF, Alexandre dirá que há um ponto em comum envolvendo os atos antidemocráticos, a fraude em cartões de vacinação e a venda das joias: todos os crimes teriam sido cometidos por uma mesma organização criminosa.

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E, dentro dessa organização criminosa, há deputados e senadores. Daí a competência do Supremo para julgá-los todos, inclusive os não detentores de foro privilegiado.

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