POLÍCIA
Idosa condenada por matar amante do marido é presa suspeita de matar namorado da filha
A Polícia Civil do Mato Grosso prendeu na última semana uma idosa de 67 anos por suspeita de matar o namorado da filha em 2015, em Cáceres. Helena Rodrigues Veras foi condenada pela morte da amante do marido. Além disso, ela é investigada pela tentativa de homicídio da irmã da amante, e do homicídio dos dois sobrinhos, que foram envenenados.
A prisão da idosa ocorreu na última sexta-feira, 1º, no Distrito de Aguaçu, na zona rural de Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, ela é suspeita de envolvimento no desaparecimento do advogado Marcos Alves Barbosa, em agosto de 2015.
Na época, a mãe da vítima recebeu uma mensagem do celular do filho dizendo que ele estava indo a Cáceres para atender a um cliente e não foi mais visto. As investigações apuraram que Marcos estava extorquindo Helena, e por isso, teria sido morto.
Outros crimes
Há seis anos, Helena foi condenada a 14 anos de prisão pelo homicídio de Daiana da Silva Correa, ocorrido em 2008. Conforme a investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu após a idosa descobrir que Daiana teve um relacionamento extraconjugal com seu marido, e passou a ameaçá-la.
Para o crime, ela teria contratado uma pessoa e informado o endereço da vítima. Em 3 de outubro de 2008, o homem entrou na casa de Daiana, no bairro Dom Aquino, e efetuou cinco disparos de arma de fogo contra a vítima. Na época da condenação, a Justiça autorizou que ela recorresse da decisão em liberdade.
Helena também é investigada pelo duplo homicídio de dois sobrinhos seus, que morreram vítimas de envenenamento em 2006.
Em 2007, a irmã da amante de seu marido, Daiana Corrêa, foi vítima de uma tentativa de homicídio, quando levou mais de dez disparos. Segundo a Polícia, já havia um histórico de ameaças contra Daiana.
A idosa também é suspeita de envolvimento na ocultação do corpo de Alessandra de Alcântara Polmann, de 33 anos, que foi morta pelo namorado, Josué Pires de Camargo, em 2009. O executor foi condenado a 22 anos de prisão em júri realizado em março deste ano.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) instaurou inquérito para apurar o envolvimento de várias pessoas, entre elas Helena, que colaboraram com Josué para ocultar o corpo de Alessandra que até hoje não foi localizado. A idosa também tinha antecedente criminal por roubo praticado em 1993, cuja sentença condenatória transitou em julgado dois anos depois e foi extinta.
O Terra não conseguiu localizar a defesa de Helena até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.