RIO BRANCO
“Ninguém faz questão de perseguir caçambeiro, dono de máquina, porcaria dessa”, diz diretor da Emurb sobre acusação de perseguição

Os proprietários que alugam caminhões e máquinas para a prefeitura de Rio Branco (AC) denunciam que estão há quase dois meses sem receber. Segundo eles, ao se mobilizarem para realizarem uma paralisação foram ameaçados de terem os contratos reincididos.
Em uma publicação nas redes sociais do ativista político Francisco Panthio, ele diz: “estamos em pleno verão, a cidade tem demandas que não acaba e a prefeitura de Tião Bocalom, deveria ter se preparado melhor para trabalhar no verão, não só recuperando ruas, mas organizando o orçamento para pagar os trabalhadores em dia. Parem de perseguição, paguem o pessoal e cumpram o que é combinado no contrato de locação”.
A reportagem do Na Hora da Notícia procurou o diretor-presidente da Empresa Municipal de Urbanização (EMURB), José Assis, que disse não existir perseguição, pois não teria motivo para perseguir ninguém.
“O que está sendo falado, aqui, é em grande parte uma grande mentira. São inverdades, que estão sendo colocadas. Não há perseguição de modo algum, ninguém faz questão de perseguir caçambeiro, dono de máquina, porcaria dessa”, diz Assis. Que afirma ainda que não pagou os fornecedores, mas que essa semana pagará todo mundo.
Ele diz ainda que a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Seinfra) atrasou o pagamento da medição. “Nós somos uma empresa que a gente trabalha, recebe e paga nossas contas. Não tem ninguém atrasado, fechou a medição dia 12 [agosto], agora dia 12, fez 30 dias de atraso, não tem esse negócio de dois meses, porque ninguém começa a trabalhar e já recebe adiantado não. Ele tem que trabalhar 30 dias e aí receber no final desses 30 dias. A questão é que tem todo um processo burocrático nisso e a gente repassou a medição para a Seinfra no dia 23, que é o tempo de protocolar, e aí eles teriam até o dia 30 para nos pagar”, esclarece o diretor.
Ainda em sua fala ele afirma que o que ocorreu foi um problema na medição e eles atrasaram um pouco, mas que está tudo certo agora e essa semana os trabalhadores serão pagos, porém Assis diz também que se quiserem para podem parar.
“Não existe essa perseguição, se quiser parar pode parar, não tem problema nenhum, ninguém vai botar a faca na garganta de ninguém. Agora, não tem como pagar se não receber o serviço prestado para o município. Nós somos uma empresa, a gente trabalha, recebe e paga como qualquer ser humano normal. Se não recebeu, não vai conseguir pagar. Vou tirar dinheiro de onde?”, finalizou.
