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Mansão de luxo do tráfico avaliada em R$ 2,5 milhões é demolida na Rocinha em ação do MP e Prefeitura
Uma mansão avaliada em R$ 2,5 milhões que está sendo construída irregularmente na Rocinha, na Zona Sul do Rio, será demolida, na manhã desta quarta-feira. O imóvel, de acordo com levantamento de setores de inteligência, seria de um dos chefes do crime organizado da região, conforme observa o Ministério Público estadual.
Com três andares e uma cobertura, a mansão ocupa uma área de aproximadamente 600m², sendo 100m² de terraço descoberto com vista privilegiada para a Praia de São Conrado, Lagoa Rodrigo de Freitas e Cristo Redentor. A obra não tem autorização da prefeitura e colocava em risco quem fosse morar no local, além dos imóveis próximos.
Mansão do tráfico na Rocinha é demolida em ação conjunta do MP e Prefeitura
A ação desta quarta-feira é fruto de uma ação conjunta da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Enfrentamento à Ocupação Irregular do Solo Urbano (Gaeco/FT-OIS), do MP, e da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop).
A suspeita é de que John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo, apontado como chefe do tráfico de drogas na comunidade, seria o proprietário da construção. Nesta manhã, durante a operação, uma área de convivência ao lado mansão foi encontrada com referências a Rogério 157, de quem Johny é sucessor.
Em grafites na parede, a frase “Todos pelo R” estava escrita até em uma bandeira do Brasil, no lugar do “Ordem e progresso”. Em outra arte, um homem com o número 57 estampado na camisa aparece de braços abertos sobre a comunidade.
Há um mês, outra mansão construída na comunidade, avaliada em R$ 1 milhão e que seria usada como casa de festas do tráfico, foi derrubada pela Seop. À época, a suspeita também era de que o imóvel fosse de Johny Bravo.
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“Nosso trabalho tem como foco a preservação da vida das pessoas, a integridade física das pessoas e também a asfixia financeira do crime organizado, tendo em vista que muitas dessas construções acabam servindo como mote de lavagem de dinheiro”, disse o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, em vídeo postado em seu perfil no Instagram.
Na publicação, ele cita que foram quase 3 mil ações como essa desde 2021.
Pelas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes comentou a ação, destacando o enfrentamento à “milícia, traficante e malandros”. Ele prometeu “continuar agindo” no que compete à prefeitura em relação à segurança pública.
A demolição está sendo feita de forma manual, apenas com ferramentas e equipamentos portáteis, uma vez que o local não comporta a chegada de máquinas. A operação tem ainda o apoio da Conservação, da Rioluz, da Guarda Municipal e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
A Polícia Militar atua na região com equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (Gesar).