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ECONOMIA

Dólar acima de R$ 5: saiba como o sobe e desce da moeda afeta a vida dos brasileiros

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Não é novidade que o dólar é a moeda mais forte e mais importante da economia mundial. Embora não seja utilizada como principal meio de troca no Brasil – o real é desde 1994 a moeda corrente no País –, a volatilidade da moeda norte-americana afeta de várias maneiras a vida dos brasileiros.

Desde o início do ano, a cotação tem tido vários momentos de vaivém, oscilando dias abaixo e acima de R$ 5. Nos últimos quatros meses, porém, a moeda chegou a atingir dias seguidos de baixa. Nesta quarta-feira, 27,  no entanto, a moeda voltou a fechar em um patamar superior a R$ 5.

Ao final da sessão desta quarta, a moeda norte-americana avançou 1,17%, cotada a R$ 5,0479, no maior patamar desde maio. Esta é a primeira vez que a divisa encerra acima dos R$ 5 desde 1º de junho deste ano, quando valia 5,0069 na venda.

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Especialistas ouvidos pelo Terra apontam que o sobe e desce da moeda pode impactar nas importações e exportações, no turismo, na inflação e no custo de vida. Além disso, outros fatores internos e externos também podem influenciar os efeitos das flutuações cambiais na vida das pessoas.

“Quando o dólar está baixo em relação ao real, as exportações tendem a aumentar, pois os produtos se tornam mais baratos para os compradores estrangeiros. Por outro lado, as importações podem se tornar mais caras, o que pode resultar em preços mais altos para produtos importados”, disse o analista financeiro da Anbima, Rafael Zattar.

Por outro lado, o especialista destacou que no caso do custo de vida, se a moeda local se desvalorizar em relação ao dólar, os preços de bens importados ou que dependem de insumos importados podem aumentar. Já no turismo, os custos para os viajantes que desejam visitar países que utilizam o dólar como moeda de referência podem se tornar mais altos.

Volatilidade

Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank, afirma que muita oscilação no dólar é sempre ruim tanto para o setor de comércio – a volatilidade no câmbio é nociva para a maioria das empresas do varejo – quanto para a indústria e acaba impactando negativamente na vida das pessoas.

“Para calcular o impacto basta imaginar um importador que semana passada comprou o dólar a R$5, e ele tem o produto dele precificado com o dólar a R$5, mas hoje o dólar está cotado em R$4,90. Ele vai ter um estoque com o preço do dólar mais alto. Essa dificuldade na previsibilidade dos preços fará com que se cobre mais caro por determinado produto, como forma de se proteger da variação cambial”.

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