GERAL
Três municípios acreanos estão no topo do desmatamento da Amazônia Legal
O Acre possui três municípios que estão entre os dez mais críticos em relação ao desmatamento na Amazônia Legal. Essa situação é preocupante e reflete a pressão sobre as áreas florestais da região. O desmatamento tem impactos significativos no meio ambiente, na biodiversidade e no equilíbrio climático.
É fundamental adotar medidas efetivas para combater essa prática ilegal e promover a conservação das florestas amazônicas. As autoridades competentes devem intensificar os esforços de fiscalização e implementar políticas de preservação ambiental para garantir um futuro sustentável para o Acre e toda a Amazônia Legal.
Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no último mês de agosto foi detectado um desmatamento de 568 quilômetros quadrados na Amazônia Legal. Esses números representam uma redução significativa de 60% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o desmatamento somou 1.415 quilômetros quadrados.
Essa diminuição é um indicativo positivo e demonstra que as ações voltadas para a preservação ambiental estão surtindo algum impacto na redução das taxas de desmatamento na região amazônica. No entanto, é importante continuar monitorando e adotando medidas efetivas para combater essa prática ilegal e garantir a conservação da floresta amazônica.
De acordo com o mais recente relatório, atualizado nesta sexta-feira, 29, o desmatamento detectado pelo SAD em agosto de 2023 ocorreu no Pará (33%), Amazonas (25%), Acre (19%), Mato Grosso (9%), Rondônia (8%), Maranhão (4%) e Roraima (2%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 258 quilômetros quadrados em agosto de 2023, o que representa uma redução de 74% em relação a agosto de 2022, quando a degradação detectada foi de 976 quilômetros quadrados.
Em 2023, no mês de agosto, a degradação foi detectada no Pará (60%), Mato Grosso (22%), Acre (10%), Amazonas (4%) e Rondônia (4%).
No Acre, a redução com relação a agosto de 2022 foi de 38% – 108 km² em agosto de 2023 contra 173 km² em agosto de 2022. Com relação às florestas degradadas, também houve redução, de 7% – 26 km² em 2023 contra 28 km² em 2022, no mês de agosto.
Entre os 10 municípios da Amazônia Legal considerados em situação crítica pelo estudo, estão 3 acreanos: Feijó, com 29 km² de desmatamento, Tarauacá, com 18 km², e Cruzeiro do Sul, com 10 km². Entre as Unidades de Conservação Federais, a mais afetada é a Resex Chico Mendes, com 8 km² de desmatamento.
A pesquisadora do Imazon, Bianca Santos, alerta que no Acre estão ocorrendo aberturas expressivas de áreas nos municípios de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, que fazem divisa com o estado do Amazonas. Além disso, a destruição também está presente em áreas protegidas por lei, como a Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, uma unidade de conservação federal.
Essas regiões estão sofrendo intensa pressão dos desmatadores ilegais. Essa situação é preocupante e destaca a necessidade urgente de medidas efetivas para combater o desmatamento ilegal e garantir a preservação dessas áreas protegidas. É fundamental fortalecer as políticas ambientais e aumentar os esforços na fiscalização para coibir atividades criminosas que ameaçam nosso patrimônio natural.
É preocupante constatar que os estados do Pará, Amazonas e Acre concentraram a maior parte do desmatamento na Amazônia Legal em agosto deste ano. O destaque negativo vai para o estado do Acre, que mesmo sendo um dos menores em área territorial, concentrou 19% de toda a devastação no mês. O Pará foi responsável por 33% do desmatamento registrado no período, com municípios como Altamira, Uruará e Mojuí dos Campos figurando entre os mais afetados.
No Amazonas, segundo estado com maior índice de desmatamento em agosto (25%), as áreas mais críticas estão localizadas na região sul. Municípios como Apuí, Boca do Acre e Lábrea foram os mais impactados pelo desmatamento.
Esses dados reforçam a necessidade urgente de medidas eficazes de fiscalização e destinação adequada das terras públicas nessas regiões para evitar novos episódios de derrubada ilegal da floresta amazônica. É fundamental intensificar as ações de proteção ambiental e promover o desenvolvimento sustentável nessas áreas para garantir a preservação da Amazônia Legal.
O Pará e Amazonas possuem oito das 10 terras indígenas que mais perderam áreas de floresta em agosto. Os territórios paraenses Apyterewa e Cachoeira Seca foram os mais afetados pela devastação, com 3 km² de desmatamento em cada um, o que equivale a cerca de 300 campos de futebol.