Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

GERAL

Defesa de Marília Mendonça cita provas rasas e ‘ineficiência’ em inquérito da PC

Publicado em

A conclusão do inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sobre o acidente aéreo que matou Marília Mendonça desagradou a defesa da família da cantora. Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (4 de outubro) e assinada pelo advogado Dr. Robson Cunha, a assessoria jurídica cita “argumentos rasos” e “ineficiência” da instituição mineira.

O relatório policial responsabilizou o piloto pelo acidente, ocorrido em 5 de novembro de 2021, na cidade de Piedade de Caratinga. Segundo o delegado Ivan Lopes Sales, a tripulação não respeitou a perna de pouso estipulada para o aeródromo de Ubaporanga, em Caratinga. A aeronave caiu após colidir em cabos de alta tensão da Cemig.

O advogado da família de Marília Mendonça avalia que houve “um direcionamento para imputar aos tripulantes a responsabilidade exclusiva” do desastre aéreo. Ele questiona questões relacionadas à sinalização dos cabos e à fiscalização dessa indicação. A defesa afirma que, embora tenha pedido, não teve acesso antecipado ao inquérito e que analisará a conclusão quando ela for entregue ao poder judiciário.

Continua depois da publicidade

“O que nos deixa com mais dúvidas do que com respostas, é o fato de terem sido apresentados argumentos ‘rasos’ da ocorrência. O delegado responsável não demonstrou esforços para apresentar provas periciais capazes de ultrapassar alegações comuns e midiáticas acerca do caso”, afirma.

O advogado também criticou o excesso de prazo que o inquérito teve para ser concluído e a ausência de provas técnicas. Além disso, sugeriu que a investigação policial “apenas aguardava a conclusão do laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para entregar o relatório final”.

O Cenipa apresentou sua conclusão em maio, quando considerou que o procedimento de pouso do piloto contribuiu para o acidente. Isso se deve ao fato de o piloto ter feito uma rota alternativa à usual para pousos no aeroporto de Caratinga, destino do plano de voo.

Vazamento de imagens da necropsia da cantora

Na nota, a defesa lembrou o vazamento de fotos da necropsia da cantora para argumentar “ineficiência do Estado de Minas Gerais em manter sob sua guarda o material do inquérito policial que era sigiloso, permitindo que um policial divulgasse na internet fotos do exame”.

O vazamento das imagens, retiradas do laudo pericial da Polícia Civil, gerou uma nova onda de comoção nacional. Abalada, a família chegou a pedir para que as pessoas não compartilhassem os registros.

Família de piloto também critica relatório

Quem também criticou o inquérito da Polícia Civil foi o advogado que representa a família do piloto Geraldo Martins de Medeiros. Ele afirmou serem “absurdas” e “injuriosas” as conclusões da instituição policial sobre as causas do acidente.

Continua depois da publicidade

A reportagem questionou a Polícia Civil sobre as declarações e aguarda retorno.

Morte de Marília Mendonça

A cantora, compositora e instrumentista goiana, que ficou conhecida como a “Rainha da Sofrência”, tinha apenas 26 anos e estava no auge da carreira quando o avião em que estava caiu a cerca de três quilômetros do aeroporto de Caratinga, no interior de Minas, onde estava previsto o desembarque.

Além de Marília, morreram todas as quatro pessoas que estavam no avião: o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto da aeronave Tarciso Pessoa Viana.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress