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POLÍCIA

Médico baiano que foi confundido tinha medo da violência no Rio; mãe não queria viagem

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O médico Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, que teria sido confundido com um miliciano e morto no Rio de Janeiro, na última quinta-feira, 5, estava receoso de fazer a viagem. Por medo da violência na cidade, Perseu escolheu se hospedar no mesmo hotel onde acontecia o Congresso Internacional de Ortopedia. Ainda assim, ele e mais dois colegas foram assassinados em um quiosque em frente ao local onde estava hospedado.

Em entrevista ao g1, um tio de Perseu, Remo de Araújo, contou que a mãe do médico não queria que ele fizesse a viagem. O baiano então decidiu pagar mais caro na hospedagem, evitando deslocamentos na cidade, e ficou no Windsor, onde foi sediado o congresso, na Barra da Tijuca.

Ainda segundo Remo, Perseu planejava abrir uma clínica de ortepedia na cidade de Ipiaú, no sul da Bahia. O desejo era também a realização de um sonho familiar, já que o pai de Perseu também era médico, mas morreu precocemente, em um acidente de carro.

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O médico havia comemorado o aniversário de 33 anos um dia antes de morrer.

Relembre o caso

Além de Perseu, foram baleados os médicos Daniel Sonnewend Proença, único que sobreviveu ao ataque, Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), e Marcos de Andrade Corsato.

Os quatro, que estavam sentados no quiosque, foram alvo de atiradores que chegaram em um carro branco, por volta da 1h. Imagens de câmeras de monitoramento do local mostram o veículo parado na avenida da praia.

Os ocupantes do carro, todos vestindo roupa preta, desembarcam, vão em direção às vítimas e iniciam os disparos. A ação provoca uma correria entre os presentes no quiosque. Após a execução, o bando volta correndo para o carro, que segue para rumo desconhecido.

Tadeu de Lima Barbosa, o dono do quiosque, contou que as vítimas pareciam estar de saída do local e já tinham pago a conta no momento em que o crime ocorreu.

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Investigadores trabalham com a hipótese de que Perseu Almeida, um dos profissionais de saúde executados, foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara.

 

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