RIO BRANCO
“Uma tragédia, infelizmente, não tem volta”, diz presidente da APAC sobre morte de jovem com linha chilena
O motociclista Fernando Morais Roca Júnior, 25 anos, morreu degolado por uma linha chilena, na tarde da última quinta-feira, 5, quando retornava para casa. O jovem trafegava na rua São Matheus, bairro Novo Esperança, em Rio Branco (AC).
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A equipe do Na Hora da Notícia conversou com o presidente da Associação dos Pipeiros do Acre (APAC), Aldecino Fernandes da Silva, que disse ser uma fatalidade e os pipeiros estão em luto.
“Uma fatalidade, infelizmente. A gente tirou 30% da pipa da rua, somos organizados e brincamos na Arena, não é o local ideal, mas, hoje, pra nós, é o local que tem, até as autoridades tomarem uma providência e nos ceder um lugar. Coisa que a gente já vem gritando há algum tempo, pedindo socorro e ninguém nos socorre. A parte da gente a gente faz, infelizmente é a vida de um jovem que foi ceifada. Acredito que não tenha um pipeiro feliz com isso, nem um pai de família”.
O presidente disse ainda que o grupo faz trabalhos nos bairros conscientizando sobre brincar de pipa em lugar seguro, além de distribuir panfletos e antenas para motociclistas, mas que a pipa cresceu muito no período da pandemia.
“Fazemos parte da pipa organizada e brincamos na Arena nos feriados, sábados e domingos. A gente não brinca no meio da rua, nem em qualquer canto”, diz Aldecino, que frisa sobre a existência de pipeiros ‘piratas’, que não querem sair de perto de suas casas e brincam de qualquer jeito.
O presidente disse também que os pipeiros estão de luto e que não foram para a Arena, neste sábado, 7, em respeito aos familiares do jovem.
Outro ponto que Aldecino destaca é que todos os pipeiros da associação trabalham e só brincam nos dias e local estipulados pela associação.
“Todos os pipeiros trabalham e não têm tempo de está na rua, como muitos que estão na beira da rua e nós somos contra, sempre fomos. E nós fazemos uma trabalho indo pras ruas. Nós lutamos por uma causa justa, sempre atrás do esporte, lazer, cultura, arte, infelizmente, as autoridades não nos atende. Faz tempo que a gnte grita e ninguém nos escuta, só marginaliza, é difícil para nós”, finaliza.