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MUNDO

Brasileiros em Israel: Itamaraty recebe 1,7 mil pedidos de repatriação; entenda como será o resgate

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Desde o início dos confrontos em Israel e na Faixa de Gaza, 1.700 brasileiros fizeram um pedido de expatriação para o Ministério das Relações Exteriores (MRE) por meio de um formulário.

A informação foi divulgada pelo Itamaraty na tarde de segunda-feira (9/10).

Cerca de 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina, segundo estimativas do Itamaraty – a maioria fora da área de conflito.

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Mais de 900 pessoas foram mortas em Israel desde que o Hamas lançou os ataques, incluindo 260 que participavam de um festival de música.

Em Gaza, quase 690 pessoas morreram depois de Israel ter lançado ataques aéreos em retaliação, segundo a Autoridade Palestina.

De acordo com o governo, três brasileiros permanecem desaparecidos. Os três, que não tiveram suas identidades confirmadas pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, estavam em uma festa rave que ocorria em um local próximo a Gaza quando os ataques feitos pelo grupo palestino Hamas aconteceram.

Um quarto brasileiro foi ferido no mesmo local e levado a um hospital. Ele recebeu alta do hospital no domingo (8/10) e se encontra bem.

O governo, no entanto, não revelou o nome dessas pessoas. Até o momento, não há registro de brasileiros mortos no conflito.

Em nota enviada à BBC News Brasil, o Itamaraty informou que a Embaixada em Tel Aviv identificou que a maioria desses brasileiros que pedem para voltar ao país é composta por turistas hospedados em Tel Aviv e Jerusalém. De acordo com o governo, serão feitas listas para atendimento prioritário dessas pessoas.

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O Itamaraty informou que “em um primeiro momento, deverão ser priorizados os residentes no Brasil, sem passagem aérea”.

Sem uma previsão de como e quando vão acontecer esses voos de repatriação, pois serão necessárias diversas viagens, o Itamaraty recomenda aos brasileiros que tenham passagens aéreas ou tenham condições de comprá-las, para embarcarem em voos comerciais no aeroporto Ben-Gurion, que continua em operação.

Israel já autorizou que o Brasil faça sobrevoos e pousos para buscar os brasileiros.

O primeiro avião destacado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer essa repatriação estava em Roma, na Itália, no início da tarde desta segunda. A previsão é que a segunda aeronave deixasse o Brasil antes do início da noite.

O Escritório de Representação em Ramala, segundo o Itamaraty, está em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e Cisjordânia e está implementando um plano de retirada dos brasileiros na região. Essa operação ocorre em parceria com a Embaixada do Brasil no Cairo.

Os brasileiros em Israel podem buscar informações com a Embaixada em Tel Aviv por meio do telefone +972 (54) 803 5858 e do Escritório de Representação em Ramala +972 (59) 205 5510. Ambos possuem atendimento via Whatsapp para atender em situações de emergência.

Conflito

Nas primeiras horas do sábado (7/10), final do feriado judaico de Sucot, dezenas de homens armados do grupo palestino Hamas se infiltraram no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza.

As invasões ocorreram por terra, por mar e por ar, com o auxílio de parapentes.

Também foram registrados disparos de milhares de foguetes vindos de Gaza, que é governada pelo Hamas.

Logo após os ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou um vídeo nas redes sociais dizendo que o país estava “em guerra”.

O ministro da Defesa de Israel disse que o Hamas “cometeu um grave erro e lançou uma guerra” contra eles mesmos.

“As tropas [israelenses] estão lutando contra o inimigo em todos os locais”, acrescentou Yoav Gallant. “O Estado de Israel vencerá esta guerra.”

Pouco depois, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o seu povo tem o direito de se defender contra o “terror dos colonos e das tropas de ocupação”.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que os ataques de retaliação contra o Hamas na Faixa de Gaza nos últimos dias “são apenas o começo”.

Segundo a agência de notícias AFP, Netanyahu disse que “o que o Hamas irá vivenciar será difícil e terrível” e afirmou que “estamos todos com vocês (exército de Israel) e vamos derrotá-los com força, uma força enorme”.

 

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