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“Guerra santa”: desenvolvedores de STALKER 2 falam sobre desafios gerados pela guerra

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O estúdio ucraniano GSC Game World trabalha na produção de STALKER 2: Heart of Chornobyl desde 2010, mas passou por complicações graves no último ano. Isso porque a empresa foi afetada diretamente pelo conflito entre Ucrânia e Rússia.

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Marcando presença na Brasil Game Show 2023, o estúdio aproveitou a feira para mostrar uma demo do jogo. Além de poder testar STALKER 2 em primeira mão, o Game On também teve a oportunidade de conversar com Yevhenii “Eugene” Kulyk, produtor, e Yevhen Bazarov, community manager. Eles falaram sobre os desafios do último ano, bem como da comunidade do jogo.

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Lançamento de STALKER 2 é “Guerra Santa” do estúdio

No último ano, ficou difícil desvincular os bastidores da produção de STALKER com a guerra da Ucrânia. Neste sentido, Eugene comenta que a GSC Game World conta com dois escritórios, sendo um deles fora da Ucrânia, mas grande parte dos funcionários estão no país do conflito.

“Nós estamos com dois escritórios, um fica em Praga e outro em Kiev, na Ucrânia. Mas a maioria dos nossos funcionários está ficando em Kiev. É muito difícil. Por exemplo,houveram bombardeios durante o inverno do ano passado e tivemos que lidar com perdas de eletricidade. Então tivemos que nos adaptar. Agora, nosso escritório em Kiev tem geradores gigantescos, com powerlink”, contou.

Eugene ainda reforça que o lançamento se tornou uma questão de débito com a comunidade de STALKER, que apoiou o estúdio de forma leal nos últimos anos. O produtor aponta que o foco é entregar um resultado positivo, apesar das dificuldades.

“Para nós eu diria que é um tipo de Guerra Santa. Nós precisamos lançar esse jogo e prover aos usuários a melhor experiência possível e nós vamos fazer tudo que for necessário para isso.”

Desenvolvedora não romantiza situação

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Eugene e Bazarov não deixam de falar sobre a guerra e até apontam as situações vividas, como contado acima. Entretanto, eles fazem questão de deixar claro que STALKER 2 ainda é “apenas” um jogo. O intuito deles é lançar uma experiência que agrade a comunidade do jogo.

“Nós queremos enfrentar esse problema e mostrar, principalmente, a nossa ideia e visão sobre Chernobyl, sobre a franquia STALKER. Nós devemos muito a essa comunidade que ama STALKER e estamos tentando criar esse jogo como sempre desejamos e como nossa comunidade gigante deseja. É desafiador para a gente, mas vamos fazer isso”, comenta Bazarov.

Ainda neste tópico, o gerente de comunidade do jogo comenta que os conflitos entre Ucrânia e Rússia não afetaram o enredo ou pontos de atenção de STALKER 2. Contudo, uma vez que a GSC Game World possui funcionários que foram diretamente afetados pela situação, talvez alguns usuários dividam sensações indiretas.

“No fim das contas é só um jogo. Eu acho que você não vai ver algo na sua frente (no jogo) sobre a guerra, mas em alguns momentos talvez você perceba os sentimentos que as nossas pessoas colocaram sobre essa situação no jogo.”

STALKER 2 será maior e melhor que original
No que diz respeito aos aspectos técnicos do jogo, Eugene conta que foi desafiador expandir as mecânicas da franquia para um game de mundo aberto. Em uma Chernobyl devastada e cheia de desafios, o objetivo foi criar um ambiente grande e imersivo.

“A maior mudança em relação ao primeiro jogo é que agora é totalmente um mundo aberto de 64 quilômetros quadrados. São diferentes prédios, diferentes territórios, com estruturas subterrâneas que você pode explorar.”

Além do mundo aberto, outro desafio apresentado foi a troca de motor gráfico. STALKER 2 começou a ser desenvolvido na Unreal Engine 4, mas a GSC optou por levar o jogo para a Unreal Engine 5. Logo, alguns desafios técnicos apareceram.

Neste contexto, Eugene finaliza ao dizer que o lançamento de STALKER 2, por todas as situações vividas pelo estúdio, será uma prova de que a Ucrânia é um país proeminente no cenário de games.

“Na Ucrânia nós temos várias desenvolvedoras capazes de fazer grandes jogos e nós somos uma delas. Para a gente é muito importante lembrar o mundo inteiro que a Ucrânia é capaz de entregar um jogo com grandes visuais e grande história.”

 

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