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Embaixada de Israel se pronuncia sobre nota do PT: “Lamentável”
A embaixada de Israel no Brasil emitiu, nesta terça-feira (17/10), um comunicado contra o posicionamento do PT, no qual a sigla acusou os israelenses de assassinato e genocídio, em meio à guerra do país do Oriente Médio com o grupo extremista Hamas, da Palestina.
“É muito lamentável que um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos”, destacou a embaixada.
A representação de Israel no Brasil reforçou a existência de uma “extrema falta de compreensão da atual situação” e negou que o Hamas tenha uma “luta política legítima”.
A embaixada também pediu por uma “forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos“.
Veja a íntegra da nota aqui.
Nota do PT
Nessa segunda-feira (16/10), o PT repudiou “os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel” e o “genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”.
O partido disse apoiar, desde os anos 1980, “uma luta do povo palestino pela sua soberania nacional, bem como a Resolução da ONU pela constituição de dois Estados Nacionais, o Estado da Palestina e o Estado de Israel”.
A resolução ainda frisa que o PT historicamente mantém relações partidárias unicamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assim como com a Autoridade Nacional Palestina sediada em Ramallah.
Guerra continua com bombardeios
Ao menos 80 pessoas morreram nos ataques comandados por tropas de Israel à Faixa de Gaza, na madrugada desta terça-feira (17/10), segundo autoridades palestinas. Os mísseis atingiram Rafah e Khan Younis, onde brasileiros estão abrigados enquanto aguardam resgate, e Deir el-Balah.
Autoridades do Hamas comunicaram ainda que o comandante sênior do Hamas, Ayman Nofal, também morreu durante a operação militar. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Al Jazeera.
Nesta tarde, outro bombardeio israelense, dessa vez em um hospital, matou mais 500 pessoas na Faixa de Gaza, conforme informaram autoridades palestinas. O ataque foi classificado pelos palestinos como um “crime de guerra”.