POLÍCIA
Policiais são presos após escoltar 16 toneladas de drogas para o CV
A Polícia Federal (PF), em conjunto com Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrou na manhã desta quinta-feira (19/10) a Operação Drake para prender quatro policiais civis e um advogado por corrupção e tráfico de 16 toneladas de maconha. Os servidores têm ligação com a facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV).
Cerca de 50 policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende (TJRJ).
Os mandados são cumpridos na capital fluminense e em Saquarema (RJ), em endereços ligados aos criminosos, já denunciados pelo Ministério Público, bem como na Cidade da Polícia Civil, especificamente na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.
Comando Vermelho (CV)
De acordo com a investigação, que teve início em ação integrada do serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com a PF, na comunicação e no monitoramento do veículo suspeito, duas viaturas ostensivas da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da PCERJ abordaram um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro.
Após escoltarem o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram, por meio de um advogado, a liberação da carga entorpecente e a soltura do motorista, mediante o pagamento de propina.
Com a concretização do pacto criminoso, três viaturas ostensivas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, comunidade vinculada à principal facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.
O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas em conjunto com o Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Resende e com auxílio de promotores de Justiça.
Para o cumprimento dos mandados, a PF teve o apoio da Corregedoria da PCERJ.
Operação Drake
O nome da operação remete ao pirata e corsário inglês Francis Drake, que saqueava caravelas que transportavam material roubado e se julgava isento de culpa em razão da origem ilícita dos bens.