POLÍCIA
Mulher é presa ao furtar loja e chamar segurança de “macaco”
Uma mulher acabou presa em flagrante, neste sábado (21/10), em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, por furto, injúria racial e desacato. Luciana Alves Marcolino, 45 anos, é suspeita de ter furtado um carregador em uma loja da cidade. Quando foi abordada pelo chefe da segurança do estabelecimento, que é negro, o chamou de “macaco”. Ela está presa.
As ofensas foram filmadas por populares. Luciana havia deixado a loja de variedades e estava em um bar tomando cerveja quando foi abordada pelo segurança, que viu o furto pelas câmeras de monitoramento. No bar, ela chamou o homem de “macaco” diversas vezes.
“Toda vez que eu sou constrangida é um macaco. Vai voltar para a senzala, porque fecha com os brancos. Você fecha com branquinho. Toda vez que eu sou constrangida é um crioulo ou uma crioula”, disse. Em outro momento, ela afirmou que roubaria a loja de variedades “todinha”. “Vou manipular as pessoas para roubar”, afirmou.
Avisada de que racismo é crime inafiançável, Luciana alegou que não é racista. “Já namorei crioulo, mas, quando eu estou com raiva, eu ofendo mesmo’”, respondeu.
Na delegacia, a mulher atacou verbalmente os policiais que efetuaram a prisão; por isso, também está presa por desacato. Ela já respondeu a outro processo, arquivado no ano passado, pelo mesmo crime.
Desde janeiro deste ano, o crime de injúria racial passou a ser equiparado ao de racismo. Com a mudança, a pena se tornou mais severa, com prisão de 2 a 5 anos e multa. Além disso, não há mais previsão de fiança, e o crime não prescreve.