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POLÍTICA

Eleição na Argentina: votação é encerrada em todo país e começa a apuração; acompanhe

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As urnas na eleição presidencial da Argentina fecharam às 18h deste domingo, 22. Os resultados da votação devem ser conhecidos até às 22h, segundo a imprensa local. Os principais candidatos na disputa são o libertário Javier Milei, o peronista Sergio Massa e Patricia Bullrich, de centro-direita. Acompanhe os últimos desdobramentos da eleição no país vizinho.

19h17 Quem é Patricia Bullrich

Patricia Bullrich, 67, aposta no antiperonismo e na imagem de “linha dura” para se eleger presidente da Argentina pela coalizão Juntos pela Mudança, na eleição marcada para 22 de agosto. Mas nem sempre foi assim. Quando entrou para política, ainda adolescente na década de 1970, ela estava entre os peronistas que agora combate.

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Nascida em uma família rica, tradicional e com vínculos na política, Bullrich entrou logo cedo na juventude do partido peronista — ligado a Juan Domingo Perón, que havia sido deposto pelo golpe militar de 1955. Após 18 anos de exílio, Perón voltou a se eleger em 1973, mas morreu no seguinte. Foi justamente neste momento conturbado que ela entrou para política e defendeu inclusive que a luta armada seria a alternativa para as aspirações da juventude revolucionária.

19h07 Quem é Sergio Massa

O advogado Sergio Massa, 51, anos tem a difícil missão de disputar a presidência da Argentina como candidato do governo mais impopular em duas décadas. O cargo ocupado por ele também não ajuda: ministro da economia do país onde a inflação anual se aproxima dos 140%. Depois de se afastar dos peronistas, ele foi chamado para socorrer o governo Alberto Fernandez e se consolidou como nome para sucessão.

O então presidente da Câmara assumiu a Economia ano passado no lugar de Silvina Batakis, tida como nome próximo a Cristina Kirchner. Na época, a nomeação da economista chegou a ser considerada uma vitória para a vice-presidente, que criticava abertamente o primeiro titular da pasta, Martín Guzmán, pelo acordo com o FMI, o Fundo Monetário Internacional, que previa uma política econômica mais austera. Alvo da fritura, Guzmán acabou deixando o cargo e, cerca de um mês depois, Batakis também caiu.

19h Quem é Javier Milei

O libertário Javier Milei surgiu como uma terceira força política, virou o jogo e virou o protagonista da eleição, marcada para 22 de outubro. O deputado do pequeno partido Liberdade Avança era um desconhecido até ser eleito para Câmara em 2021, mas logo chamou a atenção de eleitores frustrados com a política e surpreendeu com o primeiro lugar nas primárias.

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Javier Milei é a mais nova expressão dos outsiders que irromperam na política nos anos recentes. O economista de 51 anos, autodenominado anarcocapitalista, disse que iria acabar com a classe dominante, reduzir o governo e fechar o banco central, cuja política monetária ruim, segundo ele, “rouba” dinheiro dos argentinos por meio da inflação.

18h43 – Segundo turno e resultados

Autoridades eleitorais disseram ao jornal Clarín não há uma previsão para a divulgação do resultado final da eleição. Na imprensa argentina, a expectativa é a de que haja uma definição no começo da noite. Haverá segundo turno se nenhum candidato obtiver mais de 45% dos votos, ou se obtiver entre 40% e 45%, desde que a diferença para o segundo seja inferior a dez pontos porcentuais.

18h30 – Filas para votar

Ainda há filas nas principais cidades da Argentina para votar. Todo mundo que chegou antes das 18h no centro de votação poderá depositar seu voto na urna. Os candidatos já se recolheram para os bunkers de campanha, de onde acompanharão a apuração.

18h20 – Ameaça de bomba

Uma suposta ameaça de bomba na Casa Rosada, sede do governo argentino em Buenos Aires, gerou um alerta da polícia local a poucos minutos do fechamento das urnas, enquanto os argentinos ainda saíam para decidir o futuro da nação no primeiro turno da disputa pela presidência. A existência da bomba ainda não foi confirmada.

De acordo com as autoridades, a ameaça de bomba foi comunicada por telefone.

18h12 – Baixa participação

A participação na eleição, segundo a Justiça eleitoral, foi de 74%, a menor desde a redemocratização do país, em 1983. Apesar disso, mais gente apareceu para votar que nas primárias.

 

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