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Casal tem gêmeas após inseminação caseira: “Tudo certinho”
Danielle Mattos e Luzia Aquino se tornaram mães graças a uma inseminação caseira e realizaram o sonho de aumentar sua família. Adoção estava fora dos planos do casal. Inicialmente aleas, optaram po uma inseminação in vitro.
“Fizemos duas tentativas de inseminação in vitro. A primeira vez não deu certo e a segunda vez deu, mas foi uma gestação não embrionária, o embrião não gerou feto, só tinha o saco gestacional. Ela teve que parar de tomar as medicações e fazer o aborto. A gente sofreu bastante com a perda e não só por conta disso, mas também pela questão financeira. Foi muito caro e resolvemos dar um tempo, até mesmo por conta do uso dos hormônios”, contou Danielle em conversa com a Marie Claire.
Com persistência, o casal continuou a sonhar, e investiu cerca de 20 mil reais no processo de inseminação in vitro.
“Nessa época, consideramos a caseira e começamos a procurar. Antes da gente fazer a in vitro, já tínhamos pesquisado como funcionava e sobre doadores para a inseminação caseira, porque tínhamos curiosidade. A caseira seria a nossa última carta na manga”.
Em 2021, elas iniciaram a saga de encontrar um doador pelas redes sociais e reparou que era uma boa fonte, com muitos casais conseguindo ter êxito.
“A gente entrava em perfis LGBTQIAP+ e líamos os comentários para saber detalhes e os próprios casais indicam quando o caso foi positivo. Isso é ilegal, no Brasil não pode. Mas a gente fez achando que não iria dar certo. Chegamos a marcar uma consulta em uma clínica em São Paulo para fazer uma inseminação, mas acabou dando certo em casa”.
“Ela achou um cara e é tudo certinho. Ele faz e mostra os exames para vermos se está bem de saúde. Porque para ele não é interessante não dar certo e a mulher também tem que estar com os exames em dia. E depois disso, é só controlar a ovulação. Ela combinou tudinho com ele. Nós fomos em um hotel. Lá, ele ejaculou em um potinho, daí aspira com cuidado com uma seringa, depois coloca em uma sonda e injeta. E fica ali um tempinho”.
Depois de tudo certo, elas descobriram o positivo no início de novembro, quando fez um teste de farmácia. Em meio ao trauma e a inseguranças, uma surpresa: o ultrassom. Além de se certificarem de que estava tudo bem com o bebê, também descobriram que seriam mães de gêmeos.
“A gente marcou em uma outra clínica e, como somos da área da saúde, conseguimos uma guia do ultrassom. Na consulta, a médica confirmou que tinha bebê, mas que ainda não dava para ouvir o coração porque ainda era muito cedo. Logo depois, ela falou: ‘Parece que estão se dividindo, tem duas vesículas embrionárias. São gêmeos e pelo jeito estão na mesma placenta, na mesma bolsa gestacional’”.
“A gente começou a rir e ficamos sem reação. Contamos para ela que tinha sido caseira e ela levou um susto. O nosso caso foi novidade para todo mundo do hospital. Nós saímos da clínica sem saber o que fazer. Eu totalmente preocupada, porque trabalho na UTI pediátrica neonatal de um hospital. Começou a passar um tanto de coisa na minha cabeça. Mas aí, começamos a fazer exames periódicos e estava tudo bem com os bebês. Ela começou a fazer o pré natal. Quando a gente conta, ninguém acredita. A medida os meses se passavam, percebemos que as meninas estavam muito bem de saúde, aí relaxamos. Deixamos a gestação fluir”, contou Danielle.
A gravidez de Luiza correu bem e, em 13 de junho de 2022, as gêmeas nasceram. Helena, às 9:26h, pesando 2.540kg e 43 cm e Heloísa, às 9:29h pesando 2.350kg 43cm.