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MUNDO

Católicos na Índia chocados com ataque que matou três testemunhas de Jeová

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É responsabilidade do governo criar um ambiente favorável para que as pessoas pertencentes a todos os grupos religiosos vivam e rezem sem medo na nossa sociedade”, escreveu a Igreja Siro-Malabar em comunicado. Foto © Traveler 1116

A Igreja Católica Siro-Malabar (Índia) considera que as explosões que ocorreram este domingo, 29, durante uma convenção em que estavam reunidas cerca de duas mil testemunhas de Jeová e que provocaram a morte a duas mulheres e uma criança e fizeram pelo menos 50 feridos, terão sido “uma tentativa deliberada e planeada de destruir a natureza secular de Kerala”, o Estado do sul do país onde ocorreu o ataque.

A polícia nacional deteve entretanto um homem que, através de um vídeo publicado no Facebook e posteriormente removido da rede social, assumiu “total responsabilidade” pelo sucedido. Segundo apurou o jornal Crux, o homem estaria empregado numa escola local como professor de Inglês e descreveu-se no vídeo como um ex-membro das Testemunhas de Jeová que se desencantou com o que apelidou de ensinamentos “antinacionais”.

A acusação de ser “antinacional” é frequentemente apresentada contra os críticos dos movimentos e líderes nacionalistas hindus, incluindo o primeiro-ministro Narendra Modi.

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De acordo com o mesmo jornal, há 60 mil Testemunhas de Jeová na Índia, país onde os cristãos representam cerca de 2,3 por cento da população, o que corresponde a 28 milhões de pessoas.

Os incidentes violentos contra cristãos aumentaram acentuadamente depois de 2014, ano em que o atual primeiro-ministro, Modi, chegou ao poder. [ver 7MARGENS] Só nos primeiros oito meses deste ano o United Christian Forum (UCF) documentou 525 incidentes violentos contra cristãos em 23 Estados da Índia, quando em todo o ano de 2022 o mesmo organismo havia registado 505 ocorrências.

No seu comunicado, a Igreja Siro-Malabar da Índia, uma das igrejas orientais do catolicismo, expressou “choque e dor” e deixou um alerta: “É responsabilidade do governo criar um ambiente favorável para que as pessoas pertencentes a todos os grupos religiosos vivam e rezem sem medo na nossa sociedade”, pode ler-se no comunicado, que apela ainda às agências governamentais para que despertem e “previnam a recorrência de tal incidentes infelizes que destroem a atmosfera de harmonia social e comunitária de Kerala”.
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