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POLÍTICA

Internauta dispara contra líder do governo na Aleac: ‘Papel dele é fiscalizar, não babar o ovo’

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O deputado estadual Manoel Moraes, líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), esqueceu de suas atribuições como parlamentar, que, como está previsto, tem como função legislar — propondo, debatendo e votando leis para seu estado, desde que elas não conflitem com leis municipais e federais — e fiscalizar o trabalho do governador.

Diante de inúmeras denúncias de descaso com a educação do Estado, que vão desde caronas milionárias e imorais com outros estados, como a de quase R$ 25 milhões do Maranhão, por exemplo, até o descaso com escolas no interior, que não têm merenda, nem professores, e algumas nem alunos, já que muitos estariam sendo prejudicados pela falta de aulas, por uma infinidade de fatores que já foram denunciados na Aleac, o deputado Manoel Moraes saiu em defesa do secretário de Educação, Aberson Carvalho.

Na sessão de segunda-feira, 31, por exemplo, o deputado Emerson Jarude mostrou uma escola no interior em situação precária. A deputada Antônia Sales, apesar de ser da base do governo, também já denunciou o descaso com escolas no interior, tudo devidamente registrado na Aleac. Apesar de tudo isso, o líder do governo Manoel Moraes soltou uma “pérola” na sessão desta terça, 1º.

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“Em torno de 80% das escolas do estado estão em ótimas condições, agora os nossos deputados ficam procurando defeitos”, diz Manoel Moraes.

A declaração do líder do governo irritou até quem assistia a sessão pelo canal do YouTube da Aleac. “É o papel dele fiscalizar, não babar ovo igual o senhor”, diz um internauta nos comentários no chat da sessão.

Ainda em seu pronunciamento apaixonado e cego, e não por acaso, no dia considerado Dia de Todos os Santos, Manoel Moraes ainda disse: “Nós tínhamos aqui que estar batendo palma, ao invés de estar procurando defeito e achando chifre em cabeça de cavalo”, disparou o líder relembrando sobre o fardamento e tablet que foram distribuídos aos alunos.

“Uniformes e tablet não alimentam ninguém”, disparou o internauta no chat, em resposta ao que o líder falou.

O debate teve início após denúncias do deputado Fagner Calegário sobre falta de pagamento de salários para servidores de escolas, principalmente no interior, além de outras denúncias feitas por Emerson Jarude e Edvaldo Magalhães, referentes à educação no Estado, onde diante de várias situações foi apresentado um requerimento solicitando a presença do secretário Aberson Carvalho, que não foi aprovado, já que o governo tem maioria de votos na casa.

Na sequência dessa manifestação apaixonada do líder, o deputado Edvaldo Magalhães subiu à tribuna e falou sobre o assunto, já iniciando seu discurso dizendo que era só “paz e amor”, e voltou novamente a falar sobre o que ele chama de “pouca vergonha da Secretaria de Educação” e relembrou todas as situações referentes à apresentação de um edital onde o Tribunal de Contas do Estados pediu que fossem corrigidos os termos de referência do edital para que houvesse ampla concorrência. “Não dá para bater palma para esse tipo de ação nefasta ao erário público”, disse Edvaldo.

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Emerson Jarude, autor de uma das denúncias de escolas em situações precárias, também se pronunciou.

“Ouvindo a fala do deputado Manoel Moraes parece que a gente vive em um país de primeiro mundo, sendo que nós mostramos, no telão dessa assembleia, como estão as condições das escolas do nosso estado, e isso não dá para negar. O que não dá é para dizer que está tudo bem com a educação porque está distribuindo tablets e entregando uniformes, sendo que não está nem entregando a merenda do dia”, enfatizou Jarude.

No Dia de Todos os Santos, o deputado líder do governo, que consegue derrubar requerimento de pedidos de explicação de secretários por ter maioria de votos, não conseguiu calar os deputados de oposição, foi literalmente desmoralizado, não com palavras e narrativas, mas com denúncias mostradas e comprovadas pela oposição.

Ficou um pouco pior quando o deputado Jarude desafiou Manoel Moraes a citar pelo menos o nome de uma escola do interior que não estivesse com problemas, mas o líder não mostrou nenhuma escola como exemplo.

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