POLÍCIA
Caso Débora: pai da vítima foi quem encontrou ossada que pode ser do neto
Rita de Cássia, tia de Débora da Silva Alves, 18, disse ao Portal D24am que o pai da jovem quem encontrou parte de uma ossada que supostamente seria do bebê de Débora, morta no dia 3 de agosto de 2023. Débora estava gravida e foi morta por Gil Romero. O suspeito seria o pai da criança. A ossada foi localizada no mesmo local onde o corpo da jovem foi encontrado.
Segundo Rita de Cássia, na quinta-feira (2), Dia dos Finados, depois que eles foram fazer a visita no túmulo da Débora, eles voltaram ao local do crime. A mulher nunca acreditou na versão de Gil Romero, ela suspeitava que a criança estivesse em algum lugar por lá. Na cabeça da tia, a versão do assassino não fazia sentido.
“Sempre falei pra minha família que se nós fossemos até lá, encontraríamos, mas meu irmão tinha receio de ver o tambor, de ver o local onde a filha dele foi jogada, largada. Só ontem que ele teve coragem de ir até lá. E fomos”.
“Minha família e eu fomos até o local e começamos a escavar. Cavamos por vários lugares, até que meu irmão resolveu cavar onde os restos mortais da Débora foram encontrados. E encontramos vários ossinhos”, revelou Rita.
Em depoimento, o suspeito disse matou a jovem, cortou a barriga dela e jogou o bebê em um rio no Porto da Ceasa. A tia não acreditava na versão, para a família o depoimento não fazia sentido.
“Nunca acreditamos na versão que o Gil Romero contou em seu depoimento, dizendo que havia jogado no rio lá na Ceasa. Atrás da mata tem um braço de rio, não precisaria ele ir até a Ceasa para jogar lá. É uma logística sem sentido.”, disse a tia.
A mulher revelou ainda que eles recolheram o possível crânio e como já estava no final da tarde, por volta das 16h, eles foram embora para casa levando a ossada. Rita fez algumas fotos e mandou para a advogada que acompanha o caso. A profissional entrou em contato com um médico que confirmou ser ossada humana e de um bebê. A advogada entrou em contato com as autoridades.
“Mandamos fotos para nossa advogada que entrou em contato com um profissional, que confirmou ser humano e de um nenê. Ela avisou as autoridades.”
Familiares, equipe do Departamento Técnico Científico (DPTC) e o Instituto Médico Legal (IML) voltaram ao local nesta sexta-feira (3) e encontraram mais fragmentos de ossada humana no local indicado pela família.
Os fragmentos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) e serão analisados por perito de Antropologia para confirmar se são fragmentos de osso humano, após a identificação a ossada passará por um exame de DNA para constatar se a ossada é do pequeno Arthur Vinicius, nome que seria dado ao bebê.
Entenda o caso
Debora da Silva Alves, 18, desapareceu no dia 29 de julho após sair para encontrar com o pai da criança. O Corpo da vítima foi encontrado enterrado em uma cova, em uma área de mata, na manhã desta quinta-feira (3), na comunidade Parque Mauá, bairro Mauazinho, zona leste de Manaus.
A cova estava ao lado de uma usina e, segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC/AM), a vítima foi assassinada com bastante crueldade.
Duas pessoas foram presas suspeitas de cometer o crime, sendo José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como ‘Nego’ e Gil Romero Machado Batista que era o pai do filho da jovem.
Segundo as informações, Gil Romero não aceitava a paternidade e planejou a morte da vítima atraindo ela em troca de um berço para seu filho.
Gil Romero Machado Batista, confessou em depoimento à polícia que o bebê da jovem Debora da Silva Alves, 18, também está morto. O homem informou que a mãe do bebê foi morta, teve a barriga cortada com uma faca de cozinha e depois foi queimada. O corpo do pequeno Arthur Vinicius foi colocado dentro de um saco junto com diversos pedaços de ferro e o corpo foi jogado no meio do rio Negro.