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POLÍCIA

Ex-sargento Nery será submetido a júri popular pela morte de adolescente; Justiça decide pronunciá-lo no caso

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A Justiça decidiu que o ex-sargento Nery será submetido a júri popular pelo assassinato do adolescente Fernando de Jesus, de 13 anos. A juíza Luana Cláudia de Albuquerque Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, pronunciou Nery e também o militar Ítalo de Souza Cordeiro na mesma ação penal. Ítalo não é acusado pela morte do adolescente, mas sim pelo crime de fraude processual.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Nery matou o adolescente com seis tiros, alegando que estava fazendo justiça pelas próprias mãos. Fernando foi baleado depois de ser deixado para trás por outros dois homens que tentaram roubar a casa de Nery, mas conseguiram fugir.

A denúncia também afirma que Nery e Ítalo alteraram a cena do crime, colocando uma arma na mão da vítima e lavando o corpo e os arredores do local. Alega-se ainda que eles colocaram uma pistola na mão direita do cadáver para sustentar a alegação de legítima defesa. Antes da chegada da perícia, no entanto, a arma foi movida para uma distância de cerca de 13 centímetros da mão do garoto.

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Os réus estão respondendo ao processo em liberdade, pois não houve pedido do Ministério Público pela prisão preventiva. A juíza decidiu manter essa condição, afirmando que não há elementos que justifiquem a custódia dos acusados.

Esta é a segunda vez que Nery é pronunciado pela Justiça. A primeira pronúncia está relacionada à tentativa de homicídio contra o estudante Flávio Endres, ocorrida em novembro de 2021. Recentemente, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre ratificou essa decisão após recurso da defesa de Nery.

O advogado de Nery, Matheus da Costa Moura, entrou com um recurso no Tribunal de Justiça do Acre solicitando exame de insanidade mental, absolvição sumária por legítima defesa, além da exclusão das acusações de lesão corporal e porte ilegal de fogo. No entanto, o recurso foi negado por unanimidade.

Nery foi solto em agosto passado, após a revogação da prisão preventiva, mas está em liberdade provisória com o uso de tornozeleira eletrônica. Ele foi expulso da Polícia Militar do Acre em fevereiro deste ano, por ato administrativo, e sua reintegração foi negada pela Justiça. Seu advogado informou que irá recorrer às instâncias superiores do Judiciário.

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