RIO BRANCO
Situação de emergência persiste no Rio Acre devido à redução do nível do rio e previsão de seca intensa em 2024
No Rio Acre, mesmo com as chuvas, o nível do rio diminuiu 14 cm em apenas 24 horas, agravando a situação de emergência. Em Rio Branco, a medição das 06h desta segunda-feira (13) registrou 1,77 m, uma queda em relação aos 1,91 m do dia anterior.
Apesar dos 3,8 mm de chuvas durante a madrugada, o volume do rio continuou em alerta na capital. Há mais de um mês, a Prefeitura de Rio Branco decretou estado de emergência devido à seca extrema e estiagem na região. Em setembro, o rio atingiu sua menor cota do ano, apenas 1,44 metros.
Essa situação crítica é resultado dos baixos índices pluviométricos e da estiagem prolongada na capital. A falta de chuvas tem causado a diminuição dos rios e a baixa umidade do ar. O cenário preocupa ainda mais porque a previsão é que a escassez de chuvas continue por pelo menos mais dois meses, aumentando o risco de desabastecimento de água potável.
O decreto emitido pela Prefeitura classifica o estado de emergência como nível 2, indicando desastres de média intensidade. A decisão foi embasada em um parecer técnico da Defesa Civil Municipal.
Além disso, há uma previsão preocupante para o próximo ano. Espera-se uma seca ainda mais severa na região amazônica. O fenômeno El Niño, que causa o aquecimento das águas do Oceano Pacífico ao longo da linha do Equador, prejudica o transporte de umidade para a Amazônia e o Nordeste. Os especialistas não puderam prever a intensidade desse fenômeno, mas alertam que as condições serão mais desafiadoras.
Diante desse panorama, o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, ressalta a importância de se preparar para enfrentar a seca mais severa prevista para 2024. A região ainda estará sob os efeitos do El Niño, o que exigirá medidas preventivas e adaptativas para lidar com as secas prolongadas.