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CIDADES

‘Nunca mais vou ver’, lamenta mãe de menino que morreu após ser esquecido em van escolar

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A criança de dois anos que morreu após ser esquecida durante seis horas no interior de uma van escolar, na Vila Maria, zona norte de São Paulo, estava na creche há quatro meses. Apollo Gabriel Rodrigues começou a frequentar a unidade educacional depois que a mãe, Kaliane Rodrigues, conseguiu um emprego.

“Eu nunca pensei em passar por isso. É muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua, pensando que estava seguro, e fui trabalhar. Sempre que eu chegava, meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava. Eu nunca mais vou vê-lo”, desabafou Kaliane em entrevista à TV Globo.

O caso ocorreu nesta terça-feira, 14. O motorista deixou o veículo de manhã, em um estacionamento, sem perceber que a criança estava no interior. À tarde, quando retornou para pegar a van, cerca de seis horas depois, encontrou Apollo desfalecido, devido ao forte calor e falta de circulação de ar.

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Tanto o motorista, quanto a mulher dele, foram levados para a delegacia. Ambos eram responsáveis pelo transporte das crianças, e à ela, era atribuída a função de verificar o embarque e desembarque dos pequenos, entre outras. Em depoimento à polícia, ela disse que não estava bem na terça, com enxaqueca, o que pode ter prejudicado a sua atenção na conferência das crianças.

A avó afirmou que soube pelo telefone que o menino havia sido levado para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, conhecido como “Pronto-Socorro Vermelhinho”. “Eu já me desesperei, fui lá [no hospital] e quando cheguei, recebi essa triste notícia”, relatou Luzinete Rodrigues dos Santos.

O caso foi registrado como homicídio contra menor de 14 anos no 39 DP. O motorista e a monitora foram presos, e devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira, 15.

 

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