CIDADES
Acre e Maranhão: destaques negativos na preservação da Amazônia e suas unidades de conservação
No mês de outubro, o estado do Acre foi destaque negativo na proteção de suas unidades de conservação e no combate à devastação da Amazônia. Responsável por 8% do desmatamento da região entre janeiro e outubro, totalizando 320 km², o Acre viu três de suas unidades de conservação serem listadas entre as mais devastadas. A Reserva Extrativista Chico Mendes liderou a lista, perdendo uma área equivalente a 200 campos de futebol de mata nativa. As Florestas Estaduais do Antimary e do Rio Gregório também sofreram grandes perdas, com cada uma perdendo uma área equivalente a 100 campos de futebol de vegetação primária.
O Maranhão, que destruiu 141 km² nos primeiros dez meses do ano, também teve áreas protegidas entre as mais devastadas em outubro. A Reserva Biológica do Gurupi e a terra indígena Alto Turiaçu foram afetadas.
Rondônia, o quinto estado com maior desmatamento na Amazônia entre janeiro e outubro, com 309 km² perdidos, também teve uma terra indígena entre as mais devastadas. O território Karipuna, localizado nos municípios de Nova Mamoré e Porto Velho, sofreu grandes danos.
No Amazonas, a destruição da floresta tem avançado na região sul, próxima à divisa com Acre e Rondônia, conhecida como Amacro. Além disso, o estado enfrenta problemas com desmatamentos dentro de áreas protegidas, como as terras indígenas Yanomami (também localizada em Roraima) e Alto Rio Negro, além de assentamentos, como o Projeto de Assentamento Agroextrativista Antimary.
Além do desmatamento, o Imazon também monitora a degradação florestal causada por queimadas e extração madeireira, que resultam em danos parciais às áreas afetadas. Em outubro, foram registrados 1.554 km² de florestas degradadas na Amazônia Legal, um aumento de 2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.