POLÍCIA
Presidiários acusados de torturar indígena são denunciados por crimes hediondos
No dia 22 de fevereiro deste ano, na cidade de Tarauacá, no Acre, um ato de extrema crueldade chocou a população. Os presidiários Francisco Santos Pereira, conhecido como “Decretador”, e Claudemir Freire da Silva, apelidado de “Tiba”, foram denunciados à Justiça pelo crime de tortura de um jovem indígena de apenas 19 anos.
Segundo a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial na Prevenção e Combate à Tortura (GAEPCT), o indígena foi submetido a uma forma desumana de tortura conhecida como “pau de arara”. Amarrado pelos punhos aos pés, ele foi suspenso por uma tabuá de madeira entre os braços e o tórax. Sem qualquer chance de defesa, ele foi cruelmente chicoteado nas costas com um pedaço de fio elétrico.
O crime hediondo ocorreu na rua Luiz Madeiro, no Bairro Senador Pompeu, em Tarauacá. O motivo da tortura foi que o jovem indígena havia sido acusado pelo chamado “tribunal do crime” de ter furtado uma bicicleta sem a autorização da liderança da facção criminosa.
Devido ao trabalho do GAEPCT, dois dos envolvidos nesse ato covarde foram identificados e presos. Agora, Francisco Santos Pereira e Claudemir Freire da Silva enfrentam graves acusações. Caso a denúncia seja aceita, responderão pelos crimes hediondos de tortura e organização criminosa.