ENTRETENIMENTO
Morre Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras
Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o diplomata Alberto da Costa e Silva morreu morreu na madrugada deste domingo (26), aos 92 anos. Ele morreu de causas naturais, de acordo com a ABL, e a cerimônia de cremação acontecerá nesta segunda-feira (27), apenas para familiares.
Costa e Silva era diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador. Escreveu mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, infanto-juvenil, memória, antologia, versão e adaptação. Em 2014, foi o vencedor do Prêmio Camões, entregue pelos governos de Brasil e Portugal a grandes escritores de língua portuguesa.
Se destacou como um dos maiores especialistas brasileiros em cultura e história da África – continente onde atuou como diplomata por quatro anos, como embaixador do Brasil na Nigéria e no Benin.
Em mais de 30 anos de trabalho como diplomata, também atuou em Portugal, Colômbia, Paraguai, Itália, Espanha, entre outros países.
Em seu perfil do Instagram, a historiadora Lilia Schwarcz descreve Costa e Silva como “o mais justo, bondoso, ético, erudito, divertido dos seres humanos que pousaram nesse mundo (…) Virou nosso maior africanista num tempo que esse era um continente abandonado pelo Ocidente – tanto na imaginação quanto na realidade”.
História
Alberto Vasconcellos da Costa e Silva nasceu em São Paulo, em 12 de maio de 1931, e fez os estudos primários e iniciou o curso secundário em Fortaleza. Em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro. Diplomou-se pelo Instituto Rio Branco em 1957.
Foi Doutor Honoris Causa em Letras pela Universidade Obafemi Awolowo (ex-Universidade de Ifé), da Nigéria, em 1986, e em História pela Universidade Federal Fluminense, em 2009, e pela Universidade Federal da Bahia, em 2012.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000, foi o quarto ocupante da Cadeira nº 9, na sucessão de Carlos Chagas Filho. Costa e Silva presidiu a entidade no biênio 2002-2003. Era também Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa da História.