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Israel liberta 39 palestinos em contrapartida à soltura de 17 reféns
O governo de Israel anunciou que libertou 39 prisioneiros palestinos na noite deste domingo (26/11), pelo horário local. A medida retribui a libertação de um terceiro grupo de reféns que ocorreu mais cedo, em cumprimento ao acordo firmado entre Israel e o grupo extremista.
A libertação dos palestinos foi confirmada pela agência de notícias Al Jazeera. Não há informações, porém, a respeito da identidade de cada um deles.
De acordo com a agência de notícias estatal palestina Wafa, o grupo libertado neste domingo é formado por adolescentes do sexo masculino.
A quantidade de prisioneiros a serem libertados havia sido adiantada tanto pelos governos do Egito quanto do Catar, que atuam na intermediação das libertações. A trégua na guerra entre Israel e Hamas chegou ao terceiro dia.
O grupo de reféns libertado pelo Hamas neste domingo é formado por 17 pessoas, sendo 14 israelenses e 3 tailandeses. Nesse grupo ainda há um cidadão que tem nacionalidade russa e israelense, que o Hamas libertou a partir da intervenção do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Quem são os reféns
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou a identidades dos 14 israelenses libertados. Confira:
- Avigail Idan, 4 anos;
- Alma Avraham, 84;
- Aviva Adrienne Siegel, 62;
- Ron Krivoi, 25;
- Hagar Brodetz, 40;
- Ofri Brodetz, 10;
- Yuval Brodetz, 8;
- Oriya Brodetz, 4;
- Chen Goldstein-Almog, 48;
- Agam Goldstein-Almog, 17;
- Gal Goldstein-Almog, 11;
- Tal Goldstein-Almog, 8;
- Dafna Elyakim, 15;
- Ela Elyakim, 8;
Uma das reféns mais jovens é Avigail Idan, de 4 anos. A menina, que tem cidadania tanto israelense quanto americana, viu os próprios pais serem assassinados pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro.
Trauma terrível
Ao comentar a libertação deste domingo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ressaltou o que Avigail viveu desde os ataques. “Ela passou por um trauma terrível”, disse. O líder norte-americano lembrou que a menina passou o aniversário sob custódia do Hamas.
De acordo com o jornal isralense Haaretz, Alma Avraham, de 84 anos, precisou ser levada de helicóptero da Faixa de Gaza para um hospital de Israel após a libertação.
O trâmite diferenciado em relação aos outros reféns, que precisaram se deslocar até a fronteira em carros, se deve à gravidade do estado de saúde da mulher.
Levas anteriores
Na noite de sábado (25/11), após um impasse que durou horas, o Hamas entregou 17 reféns ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Faziam parte do grupo 13 israelenses e quatro estrangeiros.
O atraso na libertação ocorreu após os extremistas acusarem Israel de não cumprir parte do acordo firmado para a liberação dos presos e de dificultar a entrada de caminhões com ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza.
Além disso, representantes do Hamas acusaram militares israelenses de atirarem em palestinos que voltavam para casa em Gaza, o que teria levado duas pessoas à morte.
Na sexta-feira (24/11), primeiro dia da trégua, 24 pessoas ganharam a liberdade. Dessas, 13 são mulheres e crianças israelenses, como acordado na trégua de quatro dias entre o grupo extremista e Israel, além de 10 tailandeses e um filipino, que deixaram o cativeiro após negociações com os governos de seus países.
O acordo estabelecido entre Israel e o Hamas prevê a libertação de um grupo de 50 israelenses capturados pelo grupo extremista, enquanto Israel se compromete a uma trégua de quatro dias e a libertar 150 prisioneiros palestinos.
O Egito indicou que a trégua entre Israel e o Hamas pode ser estendida em mais um ou dois dias além do previsto. A medida garantiria a libertação de mais reféns israelenses e prisioneiros palestinos do que estava planejado.