RIO BRANCO
Aumento de mortes violentas intencionais no Acre revela desafios na segurança pública

No estado do Acre, temos observado um preocupante aumento no número de mortes violentas intencionais. Segundo o relatório Cartografias da Violência na Amazônia, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pelo Instituto Mãe Crioula, houve um crescimento de 22% nos casos em 2022. Enquanto no ano anterior foram registradas 194 mortes violentas, em 2022 esse número subiu para 237. Essa estatística é alarmante, uma vez que a taxa de mortes a cada 100 mil habitantes alcançou o índice de 28,6, ultrapassando a média nacional de 23,3.
O Acre ocupa o oitavo lugar no índice de mortes violentas intencionais por cada 100 mil habitantes na região Norte. Somente o estado do Maranhão apresentou uma taxa ligeiramente maior, com 28,5 mortes. O estudo se baseia em dados fornecidos pelas secretarias estaduais de Segurança Pública de nove estados da Amazônia Legal.
A violência na região é impulsionada pelos confrontos entre facções criminosas que disputam territórios do tráfico de drogas, sobretudo em áreas de fronteira. Um exemplo preocupante é o município de Brasiléia, situado na fronteira com a Bolívia, que ocupa a 92ª posição na lista dos 100 municípios mais violentos da região Norte. Lá, a taxa de mortalidade atinge assustadores 51,8 mortes para cada 100 mil habitantes.
