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POLÍTICA

Edvaldo Magalhães confronta base do governo sobre pedido de afastamento de Gladson: ‘As provas estão detalhadas’

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Durante seu discurso na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 5, o deputado estadual Edvaldo Magalhães abordou novamente a decisão da Procuradoria Geral da República (PGR) de denunciar o governador do Acre, Gladson Cameli, e mais 12 pessoas por crimes como peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, investigados na Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2021. A PGR também pediu o afastamento do governador do estado.

Edvaldo Magalhães destacou que as provas foram minuciosamente detalhadas pela Polícia Federal e confirmadas pela Procuradoria Geral da República. “Não venham aqui dizer que não existem provas, porque elas estão detalhadas. O que se faz questão de esconder é que no primeiro contrato do primeiro ano do governador foi uma fraude, foi para fazer um esquema de corrupção e desvio de recursos. Está comprovado pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral. Está comprovado”, afirmou, referindo-se à contratação da empresa Murano.

O deputado ressaltou a continuidade das práticas delituosas no governo atual, impulsionadas pelas “caronas”. “O que se tenta esconder é que essa prática não terminou nem no segundo, nem no terceiro, nem no quarto ano, nem no primeiro ano do segundo mandato do governador. A prática corrupta das caronas permanece. É por isso que está se pedindo o seu afastamento. Mesmo com as denúncias, não se parou de fazer as caronas. A última delas, denunciada por este parlamentar, a carona da Secretaria de Estado de Educação de mais de R$ 25 milhões. A impunidade levou à falta de cuidado. O sentimento de ‘deixa para lá’ fez com que todo mundo metesse a mão”, pontuou.

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Apesar da tentativa da base do governo de neutralizar o discurso de Edvaldo, o parlamentar persistiu, revelando movimentações nos bastidores políticos, sugerindo uma possível mudança para o gabinete da vice-governadora Mailza Assis, como substituta de Gladson.

“Há uma realidade que a política conhece, mas não será discutida. O governador está longe do estado, mas o seu governo entrou na espada de damas. O custo político do seu governo já se elevou. Quem não observa, mas esse plenário observa as movimentações de bastidores. As procuras, os afagos, o ‘oh, vice-governadora, quão bela és tu’. Não me fale que essa disputa não começou porque ela já se reflete neste plenário. É natural da disputa da política”, salientou Edvaldo Magalhães.

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