“Saíram notícias absurdas, do dinheiro que eu ganho, que eu ganharia, todas falsas. Se fosse por dinheiro eu teria saído dois meses atrás, há um mês também tentaram desses lados (Arábia), não quis ouvir”, reclamou Abel em entrevista coletiva após o título conquistado no Mineirão.
Maior campeão internacional do clube, com três taças contra duas de Felipão e uma de Ventura Cambon, o português se isolou na segunda posição na lista de técnicos do Palmeiras com mais títulos no geral, com nove, superando Vanderlei Luxemburgo. O maior campeão segue sendo Oswaldo Brandão, com dez.
Cansaço do Brasil
“Mas não vou esconder, só de imaginar que no dia 17 de janeiro estamos a competir outra vez, eu tenho que pensar como fiz no final da primeira Libertadores, no final da segunda. Tenho contrato e cláusulas a cumprir, para os dois lados. Também já disse que estou cansado, são três anos seguidos. Quanto mais ganhamos, mais se cobra. Mais energia eu preciso dar aos outros”, seguiu o desabafo.
Abel terminou a quarta temporada consecutiva no comando do Palmeiras. O contrato do treinador tem duração até o final do mandato da presidente Leila Pereira, no dia 31 de dezembro de 2024.
“Ano que vem vai ser pior ainda, não vamos ter descanso, serão jogos atrás de jogos. Jogadores chamados para seleções, já competimos no dia 16 enquanto os clubes do Paulista já estão se preparando. O Palmeiras terá férias para depois voltar e quando voltar terá todos os clubes querendo ganhar do Palmeiras. Vão exigir de mim que faça melhor que ano passado. Não sei se tenho energia suficiente para dar para esses jogadores. Não sei se tenho energia para continuar. O que preciso nesse momento é descansar. Muito sinceramente, começar a competir no dia 17… lembro muito bem quando ganhamos a Libertadores. Tenho dúvidas”, confessou.