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GERAL

Saúde espera incorporar vacina contra dengue ao SUS ainda em 2023

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A decisão de incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) a vacina Qdenga, que imuniza contra o vírus da dengue e está em processo de consulta pública, pode ser tomada ainda este ano, de acordo com o que declarou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (8/12).

“A ideia é, sim, a tomada de decisão este ano. Por isso a consulta pública acontece em dez dias, que não é o prazo normal, exatamente pela antecipação de um cenário adverso. Estamos trabalhando as condições onde a vacina será aplicada, mas temos que seguir a regra”, explicou a ministra.

A expectativa é de sejam disponibilizadas em torno de 8,5 milhões de doses pela empresa responsável pela vacina, que devem contemplar pessoas com idades entre 4 e 59 anos. “[A disponibilização] Vai depender do número de doses e desse trabalho de identificação das áreas mais vulneráveis”, completou.

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A depender da decisão do Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) acerca da consulta pública, a vacina pode ser implementada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, e, a partir daí, será necessária apenas a definição dos critérios contemplativos.

Nísia também antecipou os valores destinados aos estados e municípios, no que diz respeito ao combate ao vírus da dengue. São, ao todo, R$ 256 milhões destinados a ações nacionais contra a dengue.

Do valor total do investimento, R$ 111,5 milhões serão efetivados até o fim deste ano, em parcela única, para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti – sendo R$ 39,5 milhões para estados e o Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o país.

A expectativa é de que o próximo ano tenha, em pior cenário, 5 milhões de casos de dengue, com uma variação possível de 1,7 a 5 milhões, de acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. “Estamos nos antecipando a partir das projeções”, ressaltou.

“A vacina não é resposta para momento de emergência caso ele ocorra em curto prazo, mas é fundamental para a proteção das pessoas ao longo desse ano e proteção para epidemias futuras”, completou Nísia.

A consulta pública acerca da vacina está disponível para participação até a próxima segunda-feira (18/12). Até a publicação desta matéria, foram disponibilizadas apenas 83 participações.

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