Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

POLÍTICA

Investigado por ataque a conta de Janja produzia conteúdo de ódio

Publicado em

Um homem identificado como João Vitor Ferreira, de 25 anos, foi alvo, na 3ª feira (12.dez.2023), da operação da Polícia Federal que investiga o ataque hacker à conta da primeira-dama, Janja Lula da Silva, no X (ex-Twitter).

Na mesma data, 12 de dezembro, uma postagem no perfil de Vitor Ferreira no TikTok afirmava que ele havia sido preso. Dentre as publicações, há músicas de viés misógino, racista e com apologia ao nazismo. Ele tem 4.400 seguidores na rede, onde acumula pouco mais de 15.000 curtidas.

Segundo apurou o Poder360, Ferreira foi alvo da operação da PF em Ribeirão das Neves (MG), onde mora. A cidade está localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Todos os 4 endereços investigados pelo órgão ligam o ataque hacker ao jovem, que é, até o momento, o único alvo da operação.

Continua depois da publicidade

Sob o nome de “Maníaco”, Ferreira usava Spotify, SoundCloud, Deezer, YouTube e TikTok para divulgar o conteúdo produzido, músicas repletas de discurso de ódio direcionado a mulheres e pessoas negras.

“Mulher Gosta de Porrada”, “Maria Quebra Pica” e “Boceta Assassina” são nomes de algumas músicas de seu álbum “Incel Pardo” lançado no SoundCloud em 2022. Todas com apologia à violência à mulher ou inferiorização das mulheres por seu gênero.

A composição “Incel Pardo”, que dá nome ao álbum, deprecia pessoas pretas e pardas. O termo “incel” é uma referência à subcultura do celibato involuntário, comumente frequentado por grupos masculinistas.
Numa outra música, Ferreira afirma que a mulher perfeita teria o corpo de brasileira, “mas sem a cara de favelada”, que deveria ser substituída pelo “rosto de uma refugiada ucraniana”.
O jovem tem 4.218 ouvintes mensais no Spotify. Em sua biografia na plataforma de streaming, ele se descreve como um “artista ímpar” e declara que suas letras são “sátiras ácidas” sobre “temas explícitos” e “perversidade da mente humana”. Apesar do perfil ainda estar disponível, todo o conteúdo da sua conta foi retirado pela empresa.

Segundo a assessoria do Spotify, a exclusão do conteúdo foi feita na última semana, antes da operação da PF, por violação de políticas da plataforma.

Assim como no Spotify, o conteúdo publicado no Deezer e no YouTube também foram retiradas, sem precisão de data.

As postagens de Ferreira continuam no TikTok e no SoundCloud. O Poder360 entrou em contato com as empresas para perguntar se havia alguma ação em andamento para a retirada do conteúdo, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto. O espaço segue aberto.

Continua depois da publicidade

ATAQUE HACKER

O ataque foi anunciado pela própria conta, às 21h37. Na mesma data, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) informou que a PF havia conseguido interceptar a conta, inviabilizando o acesso do hacker. O perfil da primeira-dama segue sem nenhuma postagem desde então.

A PF cumpriu na 3ª feira (12.dez) 4 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais contra o suspeito de hackear o perfil de Janja. A ação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Em seu Instagram, a primeira-dama classificou a invasão como “ataque de ódio“, “misógina” e “violenta“, na 3ª feira (12.dez). “Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei“, disse a respeito das publicações que foram feitas em sua conta no X.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress