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ESPORTES

Abel Ferreira fala do Palmeiras, se esquiva sobre o Benfica e revela o que fará em Portugal

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Abel Ferreira chegou ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, nesta quinta-feira, 14, e foi abordado por jornalistas portugueses. O técnico do Palmeiras é alvo de especulações em seu país e cotado para o comando do Benfica. Ele se esquivou sobre a possibilidade de assumir o time de Lisboa, falou acerca do futuro no clube alviverde e disse o que fará nas férias.

“Esse negócio não é meu”, afirmou Abel sobre substituir o alemão Roger Schmidt no Benfica. “O futebol é isso. Por isso é que é tão difícil estar três anos num clube. O exemplo do Roger Schmidt pode ser o exemplo do Rúben Amorim ou do Sérgio Conceição. Não vamos ganhar sempre. Eu recebi o prêmio de melhor treinador do Brasileirão e fiz questão de dividi-lo com todos os treinadores brasileiros, porque sei o quão difícil é ser técnico.”

O Benfica fez uma campanha ruim na Champions League, terminou na terceira posição do Grupo D e terá de jogar os playoffs da Liga Europa. No Campeonato Português, o clube de Lisboa ocupa o terceiro lugar, com um ponto a menos que os rivais Sporting e Porto, que estão na ponta.

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“Não (gostaria de voltar a treinar em Portugal). O que eu quero mesmo é estar com a minha família. Ser treinador em Portugal, sendo português, não é fácil. Não para mim, mas para a minha família, porque infelizmente vivemos num mundo muito midiático, e as pessoas não conseguem separar o treinador da pessoa”, afirmou Abel.

Apesar de reforçar com o Palmeiras que seu contrato vale até dezembro de 2024, Abel Ferreira não fala com todas as letras que permanecerá no clube. Em Portugal, o treinador afirmou que tem vínculo com o time alviverde, mas apontou novamente que o futebol convive com a “incerteza”.

“Eu tenho contrato, isso que é certo. Gosto de estar no Palmeiras. Agora, nós sabemos que a única certeza no futebol e na vida é a incerteza. Nesse momento, o mais importante é vir para casa, descansar, porque o Campeonato Brasileiro é muito exigente e não são três meses de Brasil, são três anos”, disse Abel.

O Palmeiras retoma suas atividades apenas em janeiro. Até lá, Abel deve permanecer em Portugal e ficar mais próximo dos pais, mulher e filhas. Ele disse pretender fazer um “retiro” para descansar e pensar em seu futuro, ouvindo os familiares. “Eu vou fazer como fazem os padres. Os padres às vezes fazem retiros. Eu preciso me retirar, ficar em silêncio e ouvir a minha consciência e a minha família”, concluiu.

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