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POLÍCIA

Delação de Cid, investigação contra ministro e tensão com STF: veja desafios de Gonet na PGR

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A Procuradoria-Geral da República tem um novo chefe a partir desta segunda-feira, 18. Paulo Gustavo Gonet Branco assume oficialmente o cargo após ser aprovado pelo Senado Federal com 65 votos. À frente do órgão, Gonet enfrentará uma série de desafios.

Atuar em mais de mil processos referentes aos atos do 8 de janeiro e ações sensíveis no Supremo Tribunal Federal (STF) que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do atual governo, são algumas das responsabilidades de Gonet. Ele também terá que lidar com o rescaldo das tensões entre o Ministério Público Federal e a Suprema Corte.

Integrantes do MPF ouvidos pelo Estadão apontam similaridades entre o trabalho de Gonet e o ex-PGR, Augusto Aras, com perfil considerado mais “clássico”, de atuação “parecerística” e mais reativa e processual. Por outro lado, preveem uma possível mudança em razão do perfil pessoal do subprocurador, considerado muito acessível, conciliador e de facilidade no trato.

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Alguns dos desafios de Gonet à frente da PGR:

Processos que miram Bolsonaro pela atuação como chefe do Executivo e doações recebidas via PIX;
Parecer sobre as mílicias digitais e supostas fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente, assim como a venda de joias sauditas;
A delação do ajudante de primeira hora de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid;
As investigações na Operação Benesse, que envolvem o ministro de Comunicações Juscelino Filho, em uma suposta quadrilha responsável por fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf);

Os processos dos atos do 8 de janeiro, atualmente sob responsabilidade do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), também passarão pela mesa do novo procurador-geral. Além de investigar a omissão de autoridades perante às tentativas de golpe, o grupo já apresentou 1,4 mil denúncias e também analisa a possibilidade de réus fecharem acordos de não persecução penal com o MPF.

 

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