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POLÍTICA

Ibaneis promete mais obras, nomeações e vagas em creches para 2024

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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que nomeará novos servidores no próximo ano, em áreas como saúde e segurança. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, nessa segunda-feira (18/12), Ibaneis afirmou que 2023 foi um ano “muito apertado” para as contas do governo, devido às reduções de arrecadação. “Nós tivemos que segurar um pouco a folha”, enfatizou.

Em 2024, há expectativa de que o cenário seja diferente, segundo o governador. “A gente espera fazer mais contratações para o ano que vem”, anunciou.

Para o próximo ano, o emedebista também promete entregar obras como a reforma da Avenida Hélio Prates (em Taguatinga e Ceilândia) e do Autódromo Internacional de Brasília, bem como a inauguração dos viadutos do Paranoá e do Riacho Fundo.

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Durante a entrevista, Ibaneis também garantiu que não haverá aumento no preço da passagem de ônibus, em função da privatização da Rodoviária do Plano Piloto. O governador ainda falou sobre a adimplência das contas públicas do DF, forneceu detalhes sobre a mudança no contrato do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) e anunciou reforço na segurança diante da instalação de integrantes de facções criminosas na capital federal.

Contas

Segundo Ibaneis, o GDF fechará 2023 com “muita dificuldade” nos cofres públicos, em função da queda na arrecadação do ICMS. Vale ressaltar que, em 2022, o governo federal reduziu a alíquota desse tributo sobre combustíveis e telecomunicações, o que impactou negativamente o desempenho da arrecadação do DF e de estados. Ainda assim, o chefe do Executivo distrital garantiu que as contas estão em dia.

“Nós vamos fechar com muita dificuldade. Tivemos que fazer um aperto muito grande. A questão do ICMS, que foi reduzido, abalou muito as finanças — não só do Distrito Federal, mas também de outros estados — e forçou uma medida que eu não gostaria de ter praticado, que foi o aumento da tributação do ICMS. Isso foi necessário para equilibrar as contas do Distrito Federal, que tem uma folha muito alta”, afirmou.

“Segundo informações da Secretaria de Fazenda e da Secretaria de Planejamento, lá com o [secretário] Ney, nós vamos conseguir fechar o ano pagando todas as contas em dia”, declarou Ibaneis.

Transporte

Durante a entrevista, Ibaneis garantiu que não haverá aumento no preço da passagem de ônibus para a população, em função da privatização da Rodoviária do Plano Piloto. O possível reajuste nos bilhetes foi uma das críticas que deputados fizeram ao projeto durante a longa discussão do tema, concluída na madrugada da última quarta-feira (13/12), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

“Sem dúvida, não vai acontecer. A gente já tem um sistema de transporte no Distrito Federal bastante oneroso para o governo, em que a gente cobre quase 70% do custo”, afirmou.

Assista ao corte da entrevista:

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Ibaneis disse que a Rodoviária do Plano Piloto “não dá para ser gerida pelo serviço público”. “A concessão da rodoviária vem após um estudo muito bem feito por meio da Secretaria de Parcerias Público-Privadas e da Secretaria de Mobilidade. Foi um processo que passou pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal e recebeu todas as recomendações dos conselheiros. Temos muita segurança de que será um avanço muito grande para o Distrito Federal, e que vai resolver um problema de décadas da nossa cidade”, afirmou.

Questionado sobre os constantes problemas relatados pela população em relação aos ônibus, Ibaneis disse que os cidadãos vão perceber melhorias no transporte após a troca dos ônibus – que foi cobrada das empresas pelo GDF – e a ampliação dos terminais e do BRT.

O mandatário afirmou que, apesar do bilionário repasse já feito pelo GDF às empresas, ainda há mais contas a pagar às operadoras do transporte público, porque o orçamento aprovado para a área, no ano passado, não previu todos os custos.

“O custo do transporte é muito alto no Distrito Federal. Nós temos muitas gratuidades aqui; talvez seja uma das cidades do país que tem uma maior quantidade de gratuidades. Isso impacta muito o pagamento da tarifa técnica e faz com que o governo seja onerado na ordem de R$ 2 bilhões por ano. É um valor astronômico, mas que este ano nós temos mais problemas ainda a pagar, porque o orçamento que foi aprovado no ano passado não contemplava todos os pagamentos que eram devidos às empresas”, explicou.

Segundo o governador, o GDF negocia com as empresas de ônibus a substituição dos cobradores por validadores digitais, o que reduziria as despesas. No entanto, Ibaneis disse que o governo pretende evitar a demissão desses profissionais. A saída seria admiti-los em outras funções.

“Nós estamos negociando com as empresas para que deem curso de reciclagem, para que todos esses empregados permaneçam dentro do sistema, em outras funções”, afirmou Ibaneis.

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