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Enfeites de Natal pesam na conta de luz? Quanto? Especialista dá dicas para evitar prejuízos

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O Natal está chegando e, por causa das celebrações, é comum encontrar pisca-piscas e outros enfeites decorando casas e ruas da sua cidade.

As luzinhas costumam ser acesas ao longo de todo o mês de dezembro e acabam sendo um gasto ‘extra’ de energia – em um mês em que as contas costumam vir mais caras pelo aumento do uso de eletrodomésticos, como ar-condicionado e ventilador por conta do calor. Diante disso, fica a dúvida: essas decorações pesam no bolso? Quanto custam, no fim do mês?

Como calcular o gasto?

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O Terra conversou com especialista para entender se há ‘prejuízo’ nesses casos. Valeria Vanessa Eduardo, professora de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, explicou que a energia consumida por um aparelho elétrico depende de dois fatores: sua potência e quanto tempo ele fica ligado.

Para saber o quanto os enfeites natalinos que você está usando em sua casa consomem de energia, é preciso encontrar a potência do produto – informação que consta na etiqueta ou no manual – e multiplicá-la pela quantidade média que o item fica ligado.

Dica: Caso a potência esteja em watts, é necessário converter em kW, dividindo o valor por 1000.

O custo apresentado na conta de energia terá como referência uma tabela de preços que varia de acordo com a região e o provedor de energia local. No geral, como explica Valeria, o pisca-pisca tem um consumo baixo de energia – mas isso pode variar de acordo com a quantidade de lâmpadas do item, assim como sua potência. Confira um exemplo:

Um conjunto de pisca-pisca com 200 lâmpadas, cada uma com 0,35 watts.

Consumo = 200 x 0,35=70 watts

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Conversão: 70/1000 = 0,07 kWh

Se acesas oito horas por dia – das 19h às 03h, por exemplo – o consumo ao final do mês será de 16,8 kWh

Consumo mensal: 0,07 x 8 x 30 = 16,8kWh

Custo/mês (sem considerar tributos) = 16,8 kWh x R$ 0,65 = R$ 10,92 em 30 dias, equivalente a menos de R$ 0,50 por dia.

*O custo da energia desse exemplo considera a ‘Modalidade B1 – residencial’, bandeira verde, da distribuidora Enel.

Como escolher um pisca-pisca econômico?

A professora indica que o consumidor escolha luminárias com o “selo Inmetro” – ou seja, que são certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Além disso, é importante se atentar à potência máxima indicada na embalagem.

Outra dica é dar preferência a modelos de LED. “Eles têm a vantagem de serem seguros e também proporcionam mais economia e durabilidade em relação às lâmpadas incandescentes”, complementa.

Para ter mais controle sobre os gastos, pode ser interessante estabelecer um horário para ligar e desligar a iluminação de Natal, ou definir uma quantidade de horas que elas ficarão ligadas por dia. A partir disso, é só fazer a conta.

Também fique atento à segurança

Além das preocupações com gastos com os enfeites, também é importante garantir segurança elétrica – a fim de evitar prejuízos maiores.

“A sobrecarga de luzinhas pisca-piscas em uma única tomada, a junção de diversas tomadas próximas e até mesmo o calor gerado por manter essa iluminação ligada por muito tempo, podem trazer um grande risco de incêndios e explosões”, explica o professor de Engenharia Elétrica da Faculdade Anhanguera, Eduardo Alexandre.

Portanto, para além da certificação do Inmetro, já citada, é recomendado que as pessoas desliguem as iluminações de suas casas antes de dormir.

A hora da instalação também é importante. Se as luzes forem decorar ambientes abertos, como varandas, sacadas, fachadas e quintais, as lâmpadas devem ser impermeáveis – como as do modelo tipo ‘mangueira’. “O mesmo cuidado se deve ter ao colocar lâmpadas em árvores naturais, pois estas precisam ser regadas. Certifique-se de ligar as lâmpadas a circuitos com fio-terra”, complementa Alexandre.

Se for reaproveitar algum enfeite de anos passados, revise cada lâmpada e troque as queimadas, verifique se há fio solto e se o plugue está íntegro. Nunca deixe lâmpadas queimadas no circuito. Também evite colocar as lâmpadas perto de fontes de calor e de cortinas, que podem propagar mais rapidamente o fogo em caso de curto-circuito.

 

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