POLÍCIA
Envenenamento de mãe e filho: veja o que investigação encontrou até agora
A Polícia Civil de Goiás disse, nesta sexta-feira (29), que encontrou a nota fiscal de compra da substância supostamente usada pela advogada Amanda Partata Mortoza, 31, para envenenar o ex-sogro e a mãe dele. Leonardo Pereira Alves, 58, e Luzia Tereza Alves, 86.
As vítima morreram em 17 de dezembro, em Goiânia, logo após consumirem um bolo de pote que continha a substância. A defesa de Amanda informou que só se manifestará sobre as investigações perante a Justiça.
De acordo com a polícia, uma nota fiscal com a data de 8 de dezembro, uma semana antes de Amanda ir à casa dos pais do ex-namorado Leonardo Filho tomar café da manhã com a família, foi encontrada.
Um motorista de aplicativo foi o responsável de levar a encomenda no dia 16 dentro de uma caixa de papelão para Amanda. O homem disse que entrou em contato e afirmou que a caixa era de uma indústria de produtos químicos e farmacêuticos e que a NF estava em anexo.
As investigações também apontaram as ameaças que a suspeita fazia contra o ex-namorado. A mulher teria criado dois perfis falsos no Instagram e um número Voip, tecnologia que permite a transmissão de voz por IP.
O Voip estava registrado no nome de um irmão dela, mas que estaria vinculado ao email da advogada, para fazer as ameaças. Com o uso do Voip, a suspeita também fazia ligações para contatos do ex se passando por ele. Ela até mesmo chegou a enviar uma mensagem fazendo uma denúncia de assédio sexual que teria sido praticado pelo ex-namorado.
A Justiça de Goiás decidiu manter a advogada Amanda Partata Mortoza em prisão temporária. A mulher está presa desde o dia 20 de dezembro.
O magistrado avaliou que Amanda “possui um total desprezo para com a vida humana” ainda mais considerando que “as vítimas eram pessoas do seu convívio, o que evidencia a sua crueldade”.