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ESPORTES

Ítalo-brasileiro de férias no Japão relata susto com terremotos

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De férias no Japão para passar o Réveillon e conhecer o país, o ítalo-brasileiro Manuel Savoldi, que atualmente vive em Roma, na Itália, teve os planos temporariamente abalados em meio à sequência de terremotos que atingiu o país nesta segunda-feira (1º).

O estudante de jornalismo de São Paulo, que faz um intercâmbio na Universidade Sapienza, contou à ANSA que viajou na véspera de Natal para Tóquio para visitar um amigo: “Quando analisei minhas opções de férias, não queria ficar na Europa, e esse amigo está no Japão. Encontrei um voo barato, ele fala japonês, então aproveitei a oportunidade”.

Após passar o Ano Novo em Katayama, destino de águas termais nos Alpes do país, Savoldi seguiu viagem para Matsumoto, para conhecer um castelo, acompanhado de dois amigos.

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“Lá, fomos comer uma pizza, entramos no restaurante, e meu amigo que mora aqui começou a receber os alertas em um aplicativo no celular. No início foram tremores leves, só um amigo sentiu e até brincamos sobre. De repente, os celulares de todos no restaurante, clientes e funcionários, começaram a apitar muito alto com outro alerta”, narrou.

“Nesse momento houve um tremor muito grande, um terremoto de sentir o chão andando, de ver as coisas balançando do teto, as árvores lá fora, os copos na mesa. Foi coisa de 30 segundos. Fiquei observando a reação dos japoneses para saber como agir, mas eles seguiram normalmente”, explicou, acrescentando que houve outros sismos mais leves na sequência.

Depois disso, o estudante conta que foi para a estação de trem por volta das 16h (horário local) rumo ao próximo destino, Nagano. No entanto, o terminal estava com os trens parados, e havia poucas informações disponíveis.

“Ficamos esperando quase cinco horas, num frio de -2ºC. Por fim, pegamos o trem, mas chegamos em Nagano muito tarde e o hostel que estava reservado já tinha fechado o check-in. Rodamos a cidade inteira buscando outra hospedagem, mas estava tudo lotado”, contou ele, que precisou decidir passar a noite em um motel, único local que encontrou com quartos disponíveis.

Apesar disso, o ítalo-brasileiro explicou que vai ser possível prosseguir viagem normalmente, até o próximo dia 11, quando voltará a Roma: “Ainda vamos checar os planos, mas nada do que íamos fazer é na área mais afetada. O trânsito está normal e as regiões que visitei também. Foi só o susto e vi impactos nas infraestruturas mais delicadas, como os trens”.

O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros afetados pelos terremotos no Japão. Já o Ministério das Relações Exteriores da Itália informou que acompanha as repercussões do abalo.

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