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Nenhum igarapé de Rio Branco possui réguas de medição, alerta Defesa Civil

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A falta de sistemas de medição adequados nos igarapés de Rio Branco tem preocupado as autoridades diante da iminência de enxurradas na região neste mês de janeiro. Atualmente, nenhum dos igarapés da capital acreana conta com réguas ou sistemas tecnológicos que auxiliem a Defesa Civil a se antecipar em caso de catástrofes. O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, destaca a necessidade de investimentos em tecnologia para melhorar o monitoramento.

Segundo Falcão, a medição do nível dos igarapés em Rio Branco ainda é feita de forma empírica e caseira. Ele ressalta que as réguas, por si só, não evitam catástrofes, especialmente nos igarapés, onde a água pode subir três ou quatro metros em um único dia. Para uma melhor prevenção, seria necessário um programa eletrônico com sensores e sistemas que antecipassem as questões das chuvas. Falcão enfatiza a importância de uma sala de monitoramento equipada com tecnologia para antecipar situações de risco com até 24 horas de antecedência, permitindo uma atuação mais eficiente.

O coronel James Gomes, da Defesa Civil do Acre, menciona que o órgão estadual pode auxiliar a Defesa Civil Municipal na instalação das réguas nos igarapés, mas destaca a necessidade de pessoal suficiente para realizar as verificações diárias ou até mesmo por hora em caso de iminência de enxurrada. O coronel Carlos Batista, que comanda a Defesa Civil estadual, ressalta que, embora o efetivo técnico e administrativo do órgão seja limitado, a estrutura do Corpo de Bombeiros está ligada à Defesa Civil do estado, atuando em auxílio às coordenações municipais.

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Um estudo apresentado no Congresso Técnico Científico de Engenharia e Agronomia em 2018 destaca a importância do monitoramento do nível dos igarapés e sugere o uso de tecnologia, como radares ultrassônicos, para facilitar a leitura e o registro dos dados. O monitoramento contínuo em intervalos de tempo curtos é fundamental durante a estação chuvosa para evitar surpresas e emitir alertas à população que reside próxima às margens dos igarapés.

É evidente a necessidade de investimentos em tecnologia e infraestrutura para aprimorar o monitoramento dos igarapés em Rio Branco, visando a prevenção de catástrofes e a proteção da população.

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