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GERAL

Síndromes diarréicas registram mais de 30% de aumento em um ano, segundo Sesacre

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A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) divulgou um novo boletim epidemiológico que revela um aumento alarmante nas síndromes diarréicas no Acre. O levantamento comparativo entre os dois últimos anos revela um aumento de mais de 30% nos casos de doenças agudas diarreicas (DDA). Esses dados levantam preocupações sobre a transmissão hídrica e alimentar e destacam a necessidade de medidas preventivas. Neste artigo, discutiremos os números alarmantes, os municípios mais afetados e as causas das doenças diarreicas agudas.

De acordo com os dados divulgados pela Sesacre, em 2022 foram notificados 22.928 casos de síndromes diarréicas no Acre. Já no mesmo período de 2023, esse número saltou para 30.251 casos, representando um aumento de 31,93%, o equivalente a 7.323 casos a mais. Analisando os municípios, constatou-se que 19 dos 22 registraram aumento no número de notificações, enquanto apenas 3 apresentaram queda. Destacam-se os municípios de Porto Acre, Brasiléia, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro e Bujari como os que registraram os maiores aumentos nas notificações.

A síndrome das doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) é caracterizada por diarreia, dor abdominal, febre, náuseas ou vômitos, geralmente atribuídos à ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas, toxinas ou produtos químicos. Os sintomas podem variar dependendo do patógeno envolvido, dificultando o diagnóstico clínico. O período de incubação também varia, mas geralmente é curto, de 1 a 7 dias. As principais causas das DTHA no Brasil são as infecções bacterianas, sendo a Salmonella spp., Escherichia coli e Staphylococcus aureus as mais comuns. O tratamento geralmente se baseia em medidas de suporte para evitar a desidratação e agravamento dos sintomas.

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As Doenças Diarreicas Agudas (DDA) fazem parte de um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais. Caracterizam-se por episódios de diarreia aguda, com pelo menos três ocorrências em um período de 24 horas. Além da diarreia, os sintomas podem incluir náuseas, vômitos, febre e dor abdominal. Essas doenças são autolimitadas e geralmente duram até 14 dias. Em alguns casos, pode ocorrer presença de muco e sangue nas fezes, conhecido como disenteria. Dependendo do agente causador e das características individuais dos pacientes, as DDA podem evoluir para quadros de desidratação.

As doenças diarreicas agudas podem ser causadas por diversos microrganismos infecciosos, como bactérias, vírus e parasitas, que são transmitidos por meio da ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados e até mesmo contato com outras pessoas. Alguns fatores de risco incluem a ingestão de água sem tratamento adequado, consumo de alimentos sem conhecimento da procedência e armazenamento, consumo de produtos cárneos e pescados crus ou mal cozidos, falta de higiene pessoal e viagens a locais com condições precárias de saneamento e higiene.

O aumento preocupante das síndromes diarréicas no Acre, conforme relatado pela Sesacre, é um alerta para a necessidade de medidas preventivas e de conscientização sobre a transmissão hídrica e alimentar. É fundamental adotar práticas de higiene adequadas, como lavagem das mãos, higienização correta de alimentos e consumo de água tratada. Além disso, é importante buscar atendimento médico em caso de sintomas persistentes e adotar medidas de suporte para evitar a desidratação. A prevenção é a chave para reduzir a incidência dessas doenças e garantir a saúde da população.

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