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RIO BRANCO

Feremaac e Pai de Santo promovem ato contra intolerância religiosa em frente ao Palácio

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No próximo domingo, dia 21, a Federação das Religiões de Matriz Africana do Acre (Feremaac) realizará um importante ato em frente ao Palácio Rio Branco, no centro da capital, em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O evento, liderado pelo Pai de Santo e presidente da Feremaac, Célio Gomes, tem como objetivo chamar a atenção para a luta contra o preconceito e promover o respeito às religiões de matriz africana.

Em um momento em que a democratização da informação através da internet deveria contribuir para a compreensão e aceitação das diferenças, infelizmente, o preconceito e a intolerância têm aumentado. Célio Gomes ressalta a importância de combater essas atitudes discriminatórias e reafirma que as religiões de matriz africana cultuam o mesmo Deus que todas as outras igrejas, porém de maneira diferente.

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O Pai de Santo destaca que as comunidades tradicionais têm enfrentado falta de respeito, tanto por parte dos moradores dos bairros onde estão localizados os terreiros, quanto por parte das instituições públicas. Ele ressalta que os terreiros desempenham papéis sociais importantes, acolhendo pessoas, oferecendo cuidados, alimentação e apoio emocional. No entanto, muitas vezes, o Estado e o município ignoram essas contribuições e só se lembram da existência dessas comunidades durante períodos eleitorais.

A intolerância é tão presente que casos de discriminação são frequentes, como o relato de uma moça que foi impedida por um motorista de aplicativo de levar comida para seus filhos, alegando que não transportaria “esse tipo de gente”. Também há relatos de motoristas de aplicativo que cancelam corridas ao saberem que o destino é um terreiro, como se as pessoas que frequentam esses locais não fossem normais. Além disso, houve casos de ameaças de invasão a terreiros por causa do som dos instrumentos e até mesmo agressões a crianças que revelaram sua religião de matriz africana.

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Diante desse cenário, é fundamental que o Estado cumpra seu papel de proteger e auxiliar essas comunidades, garantindo o respeito e a igualdade de direitos. No entanto, enquanto isso não acontece, a Feremaac e o Pai de Santo Célio Gomes estão determinados a lutar com suas armas, promovendo atos como esse para conscientizar a sociedade sobre a importância de respeitar todas as religiões e combater a intolerância religiosa.

O ato em frente ao Palácio Rio Branco será uma oportunidade para unir forças e fazer com que as vozes das religiões de matriz africana sejam ouvidas. É um convite para que todos participem desse movimento em prol do respeito, da diversidade e da liberdade religiosa. Juntos, podemos construir uma sociedade mais inclusiva e justa, onde todas as crenças sejam valorizadas e respeitadas.

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